Horda das Mangas Maduras é um romance de densidade espetacular. Aqui o romance é tratado com todas as letras que um trabalho clássico possa imaginar. Quase que uma representação memorialista, não fosse o fato de tudo nesse livro ser fictício, conforme se pode depreender à medida que se progride na leitura. É um livro de sensualidade desbragada, sem cair no risco da pornografia pura e simplesmente. Dos livros de J Humberto Henriques, este pode ser considerado o que mais se aprofunda no tema mais primitivo da sensualidade feminina. Os exemplares masculinos poderiam ser chamados de vítimas em um livro assim, tamanha a complexidade feminina e seu domínio sobre todas as questões. Os homens são joguete. Simples fardos descartáveis.
Esse romance reúne uma série de factos em vida de uma personagem verossímil, forma assim uma girândola de contos. De alguma forma, relembra algum dos romances de Mario Vargas Llosa, naqueles dias de sua produção mais alentada, sempre estribado na grandeza de uma busca ferrenha, vigorosa. Aqui, no caso de J Humberto Henriques, esta semelhança se dilui com a leitura e cada escritor segue sua meta e sua senda, ambos com características muito peculiares e que garantem o estilo e a isonomia de ambos no ritmo amplo da Literatura Universal. Então, esta girândola cativa o leitor sobremaneira. A maneira de descrição e o fechamento de cada conto – como se fosse com chave-de-ouro – garante essa independência capitular, porém, a continuidade se faz porque como a vida continua avante, no romance é a mesma coisa, a vida continua e nãos sabe qual consequência seguinte.
Separados os textos, funcionariam como textos independentes e com sentido próprio. Esse é um modo diferente de fazer o romance – por isso mesmo foi relembrado o momento de Mario Vargas Llosa, quando Tia Julia e o Escrevinhador propalavam aquelas peripécias literárias que só se abrem definitivamente ao leitor depois de haver lido quase que mais da metade do compêndio. Nesse livro, da mesma maneira, conforme sugerido anteriormente, o conceito de romance e de conto se imbricam para dar fornecimento de material a uma novela inequívoca. Nunca se esquecer, entretanto, que o sistema poético de apresentação do texto ainda traz as rebarbas dos dias em que se sustinha somente com a poesia e se recusava a se meter em prosa. Por isso, a função eximia desse livro, Horda das Mangas Maduras, que reúne toda a promiscuidade de um mundo psicossocial com a cristalina capacidade do romancista de concluir um livro cheio de florilégios e graça.
Entretanto, quando reunidos a se comentar um pouco mais sobre esse assunto -, esses contos/romance têm entre si profundo liame, o que gera uma sensação de vida única e que jamais deveria ser fatiada. Por isso, a personagem maior, Izildinha, embora não esteja presente de corpo e alma em determinados capítulos, continua a exercer a sua ação sobre o interlocutor, personagem principal na primeira pessoa do singular – esse EU majoritário que conta suas peripécias amorosas muito precoces e cheias de uma sacanagem à moda de Carlos Zéfiro -, mas uma ação memorialista, cheia de lembranças que jamais redimem o acontecimento anterior de ser uma coisa muito proveitosa em vida de quem soube se aproveitar da situação. Então, esse giro é que acaba por amarrar as partes e deixar o livro íntegro, homogêneo, pleno em toda a questão romanesca, a textura muito concentrada e estilosa.
O romance tem conotação erótica profunda, nada nele funciona de maneira a não se pensar na intimidade desse enredo que se chama comportamento humano. A libido exagerada de certas criaturas criadas à moda da situação antiga das moradias. De tal sorte que, alguma promiscuidade sempre se enxerga através desse mundo cheio de rumores. Isso quando se trata do centro comportamental da personagem Izildinha e seus asseclas. À medida que se abrem capítulos e que surgem novas personagens, elas se mantêm num fervor mais maduro, porém, sempre assessoradas pela memória dessa outra
Esse romance reúne uma série de factos em vida de uma personagem verossímil, forma assim uma girândola de contos. De alguma forma, relembra algum dos romances de Mario Vargas Llosa, naqueles dias de sua produção mais alentada, sempre estribado na grandeza de uma busca ferrenha, vigorosa. Aqui, no caso de J Humberto Henriques, esta semelhança se dilui com a leitura e cada escritor segue sua meta e sua senda, ambos com características muito peculiares e que garantem o estilo e a isonomia de ambos no ritmo amplo da Literatura Universal. Então, esta girândola cativa o leitor sobremaneira. A maneira de descrição e o fechamento de cada conto – como se fosse com chave-de-ouro – garante essa independência capitular, porém, a continuidade se faz porque como a vida continua avante, no romance é a mesma coisa, a vida continua e nãos sabe qual consequência seguinte.
Separados os textos, funcionariam como textos independentes e com sentido próprio. Esse é um modo diferente de fazer o romance – por isso mesmo foi relembrado o momento de Mario Vargas Llosa, quando Tia Julia e o Escrevinhador propalavam aquelas peripécias literárias que só se abrem definitivamente ao leitor depois de haver lido quase que mais da metade do compêndio. Nesse livro, da mesma maneira, conforme sugerido anteriormente, o conceito de romance e de conto se imbricam para dar fornecimento de material a uma novela inequívoca. Nunca se esquecer, entretanto, que o sistema poético de apresentação do texto ainda traz as rebarbas dos dias em que se sustinha somente com a poesia e se recusava a se meter em prosa. Por isso, a função eximia desse livro, Horda das Mangas Maduras, que reúne toda a promiscuidade de um mundo psicossocial com a cristalina capacidade do romancista de concluir um livro cheio de florilégios e graça.
Entretanto, quando reunidos a se comentar um pouco mais sobre esse assunto -, esses contos/romance têm entre si profundo liame, o que gera uma sensação de vida única e que jamais deveria ser fatiada. Por isso, a personagem maior, Izildinha, embora não esteja presente de corpo e alma em determinados capítulos, continua a exercer a sua ação sobre o interlocutor, personagem principal na primeira pessoa do singular – esse EU majoritário que conta suas peripécias amorosas muito precoces e cheias de uma sacanagem à moda de Carlos Zéfiro -, mas uma ação memorialista, cheia de lembranças que jamais redimem o acontecimento anterior de ser uma coisa muito proveitosa em vida de quem soube se aproveitar da situação. Então, esse giro é que acaba por amarrar as partes e deixar o livro íntegro, homogêneo, pleno em toda a questão romanesca, a textura muito concentrada e estilosa.
O romance tem conotação erótica profunda, nada nele funciona de maneira a não se pensar na intimidade desse enredo que se chama comportamento humano. A libido exagerada de certas criaturas criadas à moda da situação antiga das moradias. De tal sorte que, alguma promiscuidade sempre se enxerga através desse mundo cheio de rumores. Isso quando se trata do centro comportamental da personagem Izildinha e seus asseclas. À medida que se abrem capítulos e que surgem novas personagens, elas se mantêm num fervor mais maduro, porém, sempre assessoradas pela memória dessa outra
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Humberto da Silva Henriques
- ASIN: B01M1IV7QR
- Idioma: Português
- Tamanho: 1066 KB
- Nº de Páginas: 4
- Categoria: Eróticos
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Horda das Mangas Maduras, escrito por José Humberto da Silva Henriques. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.