HAKUNA MATATA: O Kilimanjaro via Angola

“Fora da barraca, reinava um silêncio somente quebrado pelo barulho dos nossos passos num chão rochoso, coberto de cristais de gelo, que parecia uma paisagem lunar ou, ainda, por nossa respiração, já ofegante, mesmo no início da caminhada. Olhando para cima, víamos o cume do Kilimanjaro, com seus glaciares brancos localizado à esquerda, e, em nossa frente, uma subida íngreme, que se estendia até encontrar um platô, convergindo em outra subida íngreme, e assim por diante, até chegar ao topo. Do acampamento até o cume faríamos uma curva suave à esquerda que aos poucos nos colocaria bem a frente para a montanha. À direita e quase na mesma altura do cume, víamos a lua completamente cheia e brilhante num céu coberto de estrelas, que nos fazia perguntar se aquilo tudo era mesmo real. Pela frente, tínhamos seis horas de subida extenuante, onde teríamos como o inimigo o frio implacável e o cansaço cumulativo.”