Gehry desenha (YMAGO ensaios breves)
Por Horst Bredekamp Por oposição a um construtivismo que torna formas perspectivadas ou axonométricas em figuras brilhantemente constrangidas, as figuras esquissadas de Gehry preservam uma alegria subtil segundo uma dinâmica metamórfica.
Os seus desenhos fazem parte da história da arte de desenhar, não porque se libertam da sua vocação arquitectónica, mas porque as suas figuras serpenteadas encarnam a tensão figurativa existente entre restrição e liberdade. As figuras dos esquissos de Gehry, nas suas diferentes combinações de pontos de vista e nas suas indeterminações sem solo e sem limites, conformam-se espantosamente bem a uma «indiferença sem constrangimento do suporte» que evita a representação mimética das formas. Ao agirem contra este tipo de representação, os desenhos de Gehry não tentam talhar o espaço arquitéctónico segundo um observador subjectivo, mas antes tentam conceber na imaginação do observador a objectividade autónoma dos edifícios como uma soma de possibilidades.
A ideia da linha serpentinata, que tem origem em Leon Battista Alberti, é o símbolo dessa linha de possibilidades que simula a imaginação. Ela faz parte de uma cadeia de esforço, que se estende a um passado longínquo, para obter uma fórmula pictórica simples dos movimentos no seio da natureza e do pensamento.
A naturalidade com a qual Gehry usa esta fórmula é o resultado de uma reflexão com séculos de idade (não só na arte mas também na filosofia e na ciência) que informa as suas figuras e a sua inteligência imaginativa.
Os seus desenhos fazem parte da história da arte de desenhar, não porque se libertam da sua vocação arquitectónica, mas porque as suas figuras serpenteadas encarnam a tensão figurativa existente entre restrição e liberdade. As figuras dos esquissos de Gehry, nas suas diferentes combinações de pontos de vista e nas suas indeterminações sem solo e sem limites, conformam-se espantosamente bem a uma «indiferença sem constrangimento do suporte» que evita a representação mimética das formas. Ao agirem contra este tipo de representação, os desenhos de Gehry não tentam talhar o espaço arquitéctónico segundo um observador subjectivo, mas antes tentam conceber na imaginação do observador a objectividade autónoma dos edifícios como uma soma de possibilidades.
A ideia da linha serpentinata, que tem origem em Leon Battista Alberti, é o símbolo dessa linha de possibilidades que simula a imaginação. Ela faz parte de uma cadeia de esforço, que se estende a um passado longínquo, para obter uma fórmula pictórica simples dos movimentos no seio da natureza e do pensamento.
A naturalidade com a qual Gehry usa esta fórmula é o resultado de uma reflexão com séculos de idade (não só na arte mas também na filosofia e na ciência) que informa as suas figuras e a sua inteligência imaginativa.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Horst Bredekamp
- ASIN: B00XZ3AFM2
- Editora: KKYM + IHA
- Idioma: Português
- Tamanho: 520 KB
- Nº de Páginas: 45
- Categoria: Arte, Cinema e Fotografia
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Gehry desenha (YMAGO ensaios breves), escrito por Horst Bredekamp. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.