FIM DO MUNDO E LINDEIROS: romance do rio e da viração

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– Se aprochegue, haragano. Tome um mate com nós. Tombém acabamo de chegar…
Agradeceu, aceitando o tratamento de teatino. Amarrou o flete e sentou-se no fim da fila, logo antes do que estava com a cuia na mão. A roda do mate anda pelo lado da mão braba, a que oferece a cuia. O Pai Nosso. Mas o próximo na fila, enchendo a cuia com a água da cambona que descansava ao lado da fogueira improvisada, ofereceu o mate, quebrando o mandamento. Ninguém se importou e ele não agradeceu. Pelo menos, não de uma maneira que pudesse soar como formal. Assim, não agradecia a cuia e, sim, a deferência. Ficaram no ar, como as coisas que os gatos acompanham, o convite à amizade pelos caturritas e a aceitação pelo haragano.
– De onde vem o haragano ainda? questionou o que lhe entregou a cuia. Das bandas do norte, esclareceu escondendo, sem dar muitos detalhes, na verdade quase informação alguma. O que seria das bandas do norte?
– Para onde se atira? pergunta outra voz de dentro do fogo. Ele aponta a Picada.
– O haragano é como passarinho na muda, observou um outro, com um misto de hostilidade na voz e mágoa no rosto.
Caturritas e cruzeiras.