Filho D’aldeia sultão: Bairro de Nakarat

Louvado seja Deus.
Esta é a história do filho do bairro Naccarat que coloco em suas mãos, meu caro irmão e minha cara irmã, filhos da minha aldeia, de minha pátria. A vocês meus familiares, meus amigos, meus caros, meus parentes, meus irmãos na religião e na humanidade. Ofereço a você, caro leitor e cara leitora.
Espero que Deus, Glorificado e Exaltado seja, que seja para o nosso bem, pois Ele é Senhor dos assuntos e das preparações.
A minha história precisou de mais de dez anos entre pensamento, preparação e tentativas. Comecei escrevê-la em 1992. Mas não consegui dar continuidade. Voltei novamente em 2006 no dia 24 de junho. Não nego que encontrei muitas dificuldades, mas, graças a Deus, consegui vencê-las. Desde então, tenho trabalhado nela, juntando as informações. Terminei, com a anuência de Deus, em 30 de setembro de 2007, 18 de Ramadan de 1428. Não é estranho que teve de durar todo esse tempo porque foi um elemento básico que a história atingiu de estilo e precisão, graças a Deus.
Escrevi a história em língua clássica. Porém, a colquial seria mais precisa.
Não coloquei nela nenhum adorno ou coisas fictícias ou engrandecimento para ilustrar a informação, porque o próprio acontecimento garantiu em atrair os corações, a audição, a mente.
O leitor vive nessa história a vida rural repleta de amor e de amizade entre os membros dos familiares da aldeia Sultan Ya’coub, (Lúcy) que representa a relacionamento antigo do ser humano .
Era necessário que esse belo relacionamento fosse resguardado, mesmo sendo escrito com tinta a ouro. Porém, isso é pouco para ele, pois é muito mais importante do que isso.
A história é um resumo de uma grande experiência que escrevi como presente aos meus familiares, ao meu país, aos meus amigos, aos meus filhos , descendentes e aos leitores . Talvez encontrem nela algo de seus costumes e história, as notícias de seus familiares, seus antepassados. Talvez aproveitem as experiências de seus personagens.
A história nos faz recordar dos nossos familiares, dos nossos parentes com os quais comvivemos.
Essa história traduz a realidade humana e suas relações com as outras pessoas. Relata a história de um jovem nascido numa pequena aldeia do Líbano. Viveu a maior parte de sua vida no bairro de Nakkarat (um pequeno e pobre bairro da aldeia Sultan Ya’coub). Começou a trabalhar com os pais no pastoreio e na agricultura, ainda criança, com sete anos de idade. Estudou na escola tradicional e viveu a vida rural.
Abriu os olhos para o mundo pela primeira vez para presenciar a guerra injusta que os sionistas travaram contra o mundo árabe e islâmico em 1967. Testemunhou as guerras de 1973, 1976 e 1982, bem como a guerra civil libanesa que se prolongou até 1990. Emigrou para o Brasil à procura de novas oportunidades que lhe proporcionassem dignidade e segurança, com a esperança de retornar ao seu país de origem após cinco anos. Conviveu com a comunidade islâmica e tornou-se um dos seus membros, examinando a sua história e o verificando que estava repleta de obras e sacrifícios.
A sua personalidade incorpora a de milhares de filhos de libaneses que sofreram com a pobreza, com a fome, com a perseguição e com a injustiça, excessiva, traçando seu caminho entre as calamidades e as dificuldades, fugindo do passado para o presente. Porém, permanecem como filhos da guerra e da tirania, persistindo a personalidade formada pelos litígios daquele período e seus acontecimentos.
Finalizo, rendendo graças a Deus, o Senhor do Universo.