Ficção, comunicação e mídias (Ponto futuro Livro 12)
Por Maria Cristina Castilho Costa sultão persa Schariar, marido traído que por isso mesmo perdeu a confiança nas mulheres, resolveu casar a cada dia com uma jovem de seu reino e executá-la na manhã seguinte. Sheherazade seria mais uma dessas infelizes, mas salvou-a a rica imaginação: contava ao marido histórias que, concluídas apenas na manhã seguinte, foram adiando o ato fatal. Assim se passaram mil e uma noites, tempo suficiente para que Schariar recuperasse a confiança e revogasse sua pena de morte, numa justa homenagem ao engenho da companheira.
As mil e uma noites, uma ficção inserida no imaginário de todos os povos, é também um exemplo “de histórias que reconhecem o poder da ficção na transformação da realidade, ou, ao menos, na elaboração de conflitos envolvendo a vida dos homens”, observa a autora Cristina Costa.
Esse poder transformador da ficção é estudado aqui em seu processo histórico de constituição da sociedade midiática, num trabalho que “pretende responder a algumas questões colocadas à comunicação humana com a emergência das mídias digitais”. Assim como Sheherazade narrava para aproximar o marido, a televisão se incumbe hoje de criar um “imaginário comum compartilhado”,
que entretém com o uso de recursos milenares da cultura, como os que se valem do caráter mágico, sentimental e ético da ficção, especialmente do melodrama. E que, além disso, utiliza “grande parte dos recursos desenvolvidos para a ciência e a indústria”. Segundo a autora, “as narrativas ficcionais que acompanham a humanidade há tantos séculos também migrarão para os novos meios e serão adaptadas, transcritas, traduzidas, transmutadas, mas certamente conseguirão ainda encantar serpentes e domar sultões”.
As mil e uma noites, uma ficção inserida no imaginário de todos os povos, é também um exemplo “de histórias que reconhecem o poder da ficção na transformação da realidade, ou, ao menos, na elaboração de conflitos envolvendo a vida dos homens”, observa a autora Cristina Costa.
Esse poder transformador da ficção é estudado aqui em seu processo histórico de constituição da sociedade midiática, num trabalho que “pretende responder a algumas questões colocadas à comunicação humana com a emergência das mídias digitais”. Assim como Sheherazade narrava para aproximar o marido, a televisão se incumbe hoje de criar um “imaginário comum compartilhado”,
que entretém com o uso de recursos milenares da cultura, como os que se valem do caráter mágico, sentimental e ético da ficção, especialmente do melodrama. E que, além disso, utiliza “grande parte dos recursos desenvolvidos para a ciência e a indústria”. Segundo a autora, “as narrativas ficcionais que acompanham a humanidade há tantos séculos também migrarão para os novos meios e serão adaptadas, transcritas, traduzidas, transmutadas, mas certamente conseguirão ainda encantar serpentes e domar sultões”.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Maria Cristina Castilho Costa
- ISBN-10: 8573592753
- ISBN-13: 978-8573592757
- ASIN: B07ND4X4Q7
- Editora: Senac São Paulo
- Idioma: Português
- Tamanho: 2987 KB
- Nº de Páginas: 136
- Categoria: Língua, Linguística e Redação
Amostra Grátis do Livro
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