FANTASMAS NUM VELHO CRONOVISOR: Coletânea na linha alternativa de A ÉTICA DA TRAIÇÃO (PAX PARAGUAYA)

Bem-vindos à linha histórica alternativa PAX PARAGUAYA e, mais especificamente, à Fantasmas num Velho Cronovisor. Essa coletânea foi organizada com o pensamento nos leitores que sempre se perguntaram o que teria acontecido ao protagonista de “A Ética da Traição” após o desenlace da trama exibida naquela noveleta, e um outro pensamento nos leitores que gostaram daquela narrativa – publicada originalmente há três décadas na edição derradeira da versão brasileira da Asimov’s – e gostariam de matar as saudades.

Aqui, a Armada Imperial sofreu uma derrota fragorosa na Batalha Naval do Riachuelo. Esse ponto de divergência permitiu que os paraguaios recebessem armas, navios e munição já contratados no exterior e, mais importante, aliados das províncias argentinas de Corrientes e Entre-Rios, bem como da República da Banda Oriental do Uruguai. A maré da Guerra da Tríplice Aliança vira e o Império do Brasil é derrotado numa sucessão de batalhas terrestres e navais.

Esta coletânea apresenta quatro narrativas bem diferentes entre si: a noveleta de passado alternativo “Crimes Patrióticos”; a noveleta de presente alternativo “A Ética da Traição”; uma noveleta “Passado Diáfano”, cuja ação se passa duas décadas no passado; e o conto curto de presente alternativo “E Se o Brasil Houvesse Vencido a Guerra do Paraguay?”.
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“Crimes Patrióticos” é uma crônica de guerras perdidas: uma narrativa em que dois militares de nacionalidades diferentes, veteranos de derrotas em dois conflitos bastantes distintos que se defrontam durante o Atentado da Quinta da Boa Vista em pleno verão carioca de janeiro de 1873. Um enredo repleto de reminiscências amargas e alguma nostalgia sobre a inutilidade final das guerras que abalaram tanto nossa linha histórica quanto essa linha alternativa na segunda metade do século XIX.

“A Ética da Traição” mostra o drama de um grande cientista brasileiro, Prêmio Nobel de Física, dividido entre a lealdade à sua pátria e o impulso para fazer o que é necessário na tentativa de impedir que seu mundo se transforme numa “Terra de Pesadelo”: o nosso mundo. Toda a ação se desenrola durante umas poucas horas a bordo da barcaza fluvial nuclear Espírito Santo, numa trama em que ninguém é exatamente o que tenta aparentar à primeira vista.

“Passado Diáfano” mostra os primeiros anos do cientista fugitivo supracitado na Gran República del Paraguay, seu papel como pioneiro da cronovisão e como o desenvolvimento das técnicas de observar e registrar eventos pretéritos com precisão impacta a sociedade global terrestre e a própria história humana na virada para o terceiro milênio; época em que antigas certezas se dissolvem e crenças milenares se desmancham em pleno ar.

Em “E Se o Brasil Houvesse Vencido a Guerra do Paraguay?”, o protagonista das duas noveletas anteriores resolve conceder entrevista a um holonoticiário brasileiro, atitude que o leva a se defrontar com as consequências de seus atos passados.

Enfim, sintam-se à vontade na PAX PARAGUAYA. Bom mergulho!