Fábulas e outras estórias

As fábulas, enquanto gênero literário sempre estiveram inseridas em nosso dia a dia, desde que Hesíodo pela primeira vez enunciou a primeira do gênero que se tem noticia entre os gregos em sua obra, “Os trabalhos e os dias” (VII a.C.). As fábulas se tornaram desde então, componentes fundamentais, integrando e complementado nosso universo cultural, contribuindo fundamentalmente para a composição de nosso imaginário. Essas estórias se insurgem como verdadeiros depósitos de sabedoria popular que não apenas acumulam saberes para as gerações futuras, mas veiculam se posicionando ativa e politicamente alertando para as mazelas presentes. Os textos presentes nessa obra, em seu conjunto, são uma tentativa de fabular. Um exercício literário, são tentativas de verdade, axiomas que, quando observados, no entanto, mais de perto, serão notados como nada mais que um conjunto de idiossincrasias, por isso mesmo, não devem ser, em hipótese alguma, comparados com o gênero clássico.As fábulas aqui presentes, por outro lado, irão surpreender o leitor, não pelo gênero, já que esse é bem conhecido, mas pela originalidade do autor ao inserir criaturas do universo cultural brasileiro, transmitindo advertências e sabedorias nas mais variadas situações em uma luta constante por compreender as noções de liberdade, amor, justiça e igualdade. Tentando compreender quais as regras para driblar os poderes estabelecidos que de alguma forma possam impedir o desenvolvimento pleno da felicidade, mesmo que seja num curto espaço de tempo.