Estamos acorrentados a superestimar o que nos ocorre e subestimar o que acontece com o outro; considerar e ponderar sermos vítimas de um erro, muito nos desagrada. Por mais oportuno que seja, ir na busca de tentar corrigi-lo, dele não se liberta. Estimar o valor do que seja eu-mesmo, objetivando avaliar o que me ocorre – por achar fora do meu al-cance, julga ser um privilégio da autoridade que pertence à sua própria e intrusa “mente” – que assim mesmo o despreza, por entender estar fora da capacidade do “Eu” esta escolha – seja entre iguais preferências de qualquer julgamento que o “Eu” se ocupe. Assim, preocupado com o de-sejo de progredir continuamente na sua satisfação, a mente intenciona diminuir o valor e a influência do “Eu” para que, particularmente, o indiví-duo não aprecie suas verdadeira decisões, mas que se costume ser sedu-zido por uma mente que o impressiona e que faz da sua vida parecer infe-rior ao que importa nas chamadas “despedidas”. O livro “Eu no Poder” se volta para o Ser-mesmo; para este “para-Ser” que subestima a si, e que se conduz a não se salvar por não se julgar possuidor do Ser verdadeiro. A partir dos seus próprios defeitos – que se encontra e que se reconhece numa mente que se vangloria de saber, a mente – em sua vaidade de trair o Ser – num extenso destempero, busca ruir as raízes profundas da verda-de do “Eu” – quaisquer que sejam elas, num nível de satisfação que consi-dera resoluta e fraca. O livro orienta o leitor em buscar a razão dos seus atos no seu ‘Eu” verdadeiro; oferecer um fluxo de novos caminhos sem os flagelos que podem, constante e continuamente, a lhe fustigar.
Torne-se afiado e justo na obra que estás a desenvolver à vista de uma mente turba, na qual possa experimentar a poesia do julgamento feito pelo bom senso do “Eu” que procura escrever e fazer suportar todas as proibições e mediocridades que a mente – ao se fixar num pórtico rígido, ali se encontra para impressionar e pressionar, para assim vedar o seu “acreditar-em-si-mesmo”.