Estrada Solitária

Ardendo, ardendo e ardendo, aquela sensação definitivamente queimava dentro do meu peito, para ser mais específico do lado esquerdo, bem perto do coração, como uma vela solitária que arde no fundo de uma velha igreja, ela representa o último ponto de esperança para trazer de volta toda a luz que um dia glorificou diversos fiéis nos tempos áureos deste templo sagrado, pessoas que ali rezaram e depositaram suas mágoas, angústias, receios, mas também sua fé, no âmago de meu ser eu sabia o que era esta sensação, era a paixão envolvida na busca de um sonho. Era exatamente isto o que eu sentia: a esperança de nunca deixar que esta chama se apagasse ou parasse de queimar dentro de meu peito, queria vê-la arder bem lentamente, queria sabor, queria sentir, queria nunca parar de viajar.

– O quê eu buscava não era o conforto, muito menos luxo ou a vaidade.

– O quê eu queria não era segurança, tão pouco a comodidade.

– Minha única meta era o desconhecido, levar uma vida permeada de aventuras, queria vivê-la intensamente.

– A cada novo dia queria sentir uma nova emoção.

O que eu consegui?

– A liberdade.

Era uma vez…
Mais uma história, de mais algum desconhecido.