Estética textual aglutinante: Estudo do esperanto vernáculo através de “Marta”: Série ‘Esperanto Fundamental’ – volume 8
Por Luiz Claudio OliveiraPrecisamos primeiro descobrir, através de um “raio X” das obras de Zamenhof e dos primeiros clássicos, quais são as características da língua, para depois ver onde, em qual língua ou grupo de línguas nos inspiraremos para fatos análogos, e não simplesmente travestir o esperanto com a estética arbitrária de uma língua ou línguas, p.ex. multiplicidade de formas (palavras diferentes) das línguas flexivas (copiar literalmente palavras prontas do latim, ou do francês, ou do inglês, como fizeram Kalocsay e Waringhien). E muito menos “inventar” estéticas a esmo, segundo as idéias próprias deste ou daquele autor, sem justificativas qualitativas e quantitativas encontráveis na obra de Zamenhof (proposta p.ex. de Piron). O uso do esperanto é coletivo, mas sua origem são as idéias de Zamenhof, o verdadeiro gênio criador da língua, que definiu, no Fundamento, o que é e como funciona uma língua internacional.
Para que o esperanto tenha sua eficiência máxima, e mantenha suas características de língua-ponte entre culturas —todas as culturas, todas as camadas sociais, em todos os tempos—, devemos seguir uma metodologia, em primeiro lugar focalizada no “Fundamento de Esperanto”, que é a nossa “lei”, e em segundo lugar (em ordem, mas não em importância) utilizando as obras modelares de Zamenhof e dos clássico que seguem Zamenhof como exemplos de aplicação desta “lei”, que define o que é e como funciona uma língua internacional. A questão central aqui é esta: o Fundamento de Esperanto define o que é e como funciona uma língua internacional, e as demais obras de Zamenhof são modelos de aplicação do Fundamento (desta “lei”).
A estética do esperanto tem um forte componente de repetição de ‘radicais’ (radicais, prefixos, sufixos e finais), várias vezes. Acrescentemos a regularidade característica da língua, que também influencia sua estética —simples, regular, previsível, direta, sem torneios rebuscados de frase, sem formas complexas de palavras, reduzidas ou irregularmente formadas de outras— e teremos um texto (autêntico) em esperanto com uma estética certamente extremamente diferente do “ideal” das línguas nacionais (flexivas), principalmente de uma língua neolatina como o francês ou o português.
Assim, a estética visual de um texto em esperanto vernáculo é fortemente uma estética da repetição de formas, que aparecem dentro dos compostos formando significados mais elaborados —el’dono, al’dono, pri’parolo, mal’utila, dis’reviĝo, sen’mova, bon’stato, pied’iri, apud’esti—, e fora deles com seus significados mais simples —”el” la domo, “al” la domo, “pri” la vorto, “male”, “dise”, “sen” rimarki, “bona”, stato, “piedo”, “piede”, iri, “apud” la domo, esti aŭ ne esti—, acrescentando ainda os efeitos de uma regularidade considerável de todas as demais formas gramaticais sobre a estética final, e palavras não necessariamente longas, mas também não corriqueiramente curtas.
Para mais definições, veja o volume 8 da coleção “Esperanto Fundamental”.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Luiz Claudio Oliveira
- ASIN: B087TH6HMN
- Idioma: Português
- Tamanho: 3333 KB
- Nº de Páginas: 153
- Categoria: Língua, Linguística e Redação
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Estética textual aglutinante: Estudo do esperanto vernáculo através de “Marta”: Série ‘Esperanto Fundamental’ – volume 8, escrito por Luiz Claudio Oliveira. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.