Esperadança: Caminhos de Vida (Esperadança – poemas desde Portugal até Timor)
Por Daniel Feijoo Caldas Almeida Contexto
No ano 2020 vivemos uma situação deveras complexa.
Desde inúmeros pontos da Europa e do resto do mundo, seres humanos que deixaram tudo atrás – segurança, rotina do dia-a-dia – partiram num movimento secular que leva às extensões da Ibéria antiga e aos confins da terra antes conhecida. Viagem intima e de cariz global, trazendo o que se leva por dentro a se partilhar, pelas terras dos montes altos, das extensas planícies, dos dias solarengos e dos de tempestade intensa; vogar por entre aldeia e cidade, partilhar o simples facto de se caminhar com outro ser Humano, ou simplesmente ouvir e sentir qual porvir ora devir – e ver surgir na superfície – o que trazíamos por dentro. Partilhar o que nunca se disse, ouvir, rotinas simples para estar mais tempo nesse fundamento que uniu povos e gentes ao longo de gerações.
Neste ano, as condições foram diferentes; o medo e a escassez de peregrinos trouxeram ao de cima novas aproximações a este primeiro itinerário cultural Europeu. Num momento no que a Europa se ressentiu de saídas badaladas, gentes dessas terras ainda caminhavam estas estradas, e quando mais se fechou o roteiro mais houve quem se fizesse ao caminho mais verdadeiro. Na noite mais escura a estrela mais pequena brilha mais e nessa via de estrelas – Caminho de Santiago nós fomos durante meses desde os montes e montanhas ao último suspiro de chama de vida nas costas da Morte em Finisterra. Percorremos essa odisseia que nos leva a queimar o antigo e rasgado e a trazer ao de cima o novo que foi reencontrado nesses gestos e lugares, nessa cultura, história, arte e nessa multiplicidade de quem caminha assim, mochila às costas, a partilhar o que se é o que se sente e pensa por veredas intensas, noites veladas e entardeceres abençoados ou amanheceres no orvalho ainda gravados.
Este um momento de especial importância na proximidade dessa Humanidade que se diz com certo distanciamento e rede social. Encontros e lugares, entre os recintos vedados; abraços abafados que foram assim entre laços estreitos levados desde todos os lados a confluir nesses caminhos jamais olvidados que nos foi dado a cuidar e reviver.
Sejam os episódios humanos, tantos seres renascidos ao serem em verdade ouvidos, sejam as maravilhas desta natura singular que nos foi dado a cuidar e salvaguardar, sejam as maravilhas culturais sejam as histórias de índole espiritual, o certo é que este caminho Migrante bebe dessa esperança em cada passo que se abraça no ser que em nós passa para deixar sementes de vida e verdade entre tempos de alguma Humana sobriedade.
No ano 2020 vivemos uma situação deveras complexa.
Desde inúmeros pontos da Europa e do resto do mundo, seres humanos que deixaram tudo atrás – segurança, rotina do dia-a-dia – partiram num movimento secular que leva às extensões da Ibéria antiga e aos confins da terra antes conhecida. Viagem intima e de cariz global, trazendo o que se leva por dentro a se partilhar, pelas terras dos montes altos, das extensas planícies, dos dias solarengos e dos de tempestade intensa; vogar por entre aldeia e cidade, partilhar o simples facto de se caminhar com outro ser Humano, ou simplesmente ouvir e sentir qual porvir ora devir – e ver surgir na superfície – o que trazíamos por dentro. Partilhar o que nunca se disse, ouvir, rotinas simples para estar mais tempo nesse fundamento que uniu povos e gentes ao longo de gerações.
Neste ano, as condições foram diferentes; o medo e a escassez de peregrinos trouxeram ao de cima novas aproximações a este primeiro itinerário cultural Europeu. Num momento no que a Europa se ressentiu de saídas badaladas, gentes dessas terras ainda caminhavam estas estradas, e quando mais se fechou o roteiro mais houve quem se fizesse ao caminho mais verdadeiro. Na noite mais escura a estrela mais pequena brilha mais e nessa via de estrelas – Caminho de Santiago nós fomos durante meses desde os montes e montanhas ao último suspiro de chama de vida nas costas da Morte em Finisterra. Percorremos essa odisseia que nos leva a queimar o antigo e rasgado e a trazer ao de cima o novo que foi reencontrado nesses gestos e lugares, nessa cultura, história, arte e nessa multiplicidade de quem caminha assim, mochila às costas, a partilhar o que se é o que se sente e pensa por veredas intensas, noites veladas e entardeceres abençoados ou amanheceres no orvalho ainda gravados.
Este um momento de especial importância na proximidade dessa Humanidade que se diz com certo distanciamento e rede social. Encontros e lugares, entre os recintos vedados; abraços abafados que foram assim entre laços estreitos levados desde todos os lados a confluir nesses caminhos jamais olvidados que nos foi dado a cuidar e reviver.
Sejam os episódios humanos, tantos seres renascidos ao serem em verdade ouvidos, sejam as maravilhas desta natura singular que nos foi dado a cuidar e salvaguardar, sejam as maravilhas culturais sejam as histórias de índole espiritual, o certo é que este caminho Migrante bebe dessa esperança em cada passo que se abraça no ser que em nós passa para deixar sementes de vida e verdade entre tempos de alguma Humana sobriedade.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Daniel Feijoo Caldas Almeida
- ASIN: B08RB3XVD9
- Idioma: Português
- Tamanho: 3236 KB
- Nº de Páginas: 61
- Categoria: Arte, Cinema e Fotografia
Amostra Grátis do Livro
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