ESCRITAS SURDAS NA ESCOLA: novos horizontes literários (Coleção Literatura, Leitura & Ensino Livro 4)
Por Ronny Diogenes de Menezes O leitor encontrará diversas contribuições críticas inscritas no campo da Linguística Aplicada Indisciplinar, em diálogo constante com os Letramentos, a Escrita, a Literatura, as Crenças, o Ensino-Aprendizagem de Línguas e, obviamente, a Surdez. Trata-se de uma obra que nasce a partir de dois objetivos centrais: o primeiro é contribuir com a iluminação de um tema que por tanto tempo foi tratado com a penumbra da ignorância. O segundo, certamente, é a resistência. Nessa conjuntura, a ação do verbo resistir significa operar uma reação inclusiva contra a hegemonia da cultura ouvinte.
“A leitura deste livro foi desafiadora para mim desde seu título, porque, o seu primeiro chamado é para repensar o lugar de poder em que as escritas surdas precisam ser colocadas. O segundo é que o direito à literatura é uma via de mão dupla, havendo uma necessidade premente de inversão cultural nas relações estabelecidas entre surdos e ouvintes e nos modos como os segundos precisam redimensionar suas concepções sobre os primeiros. A perspectiva apresentada de que as produções literárias dos surdos são uma necessidade e um direito para os ouvintes é uma clara expressão de sua imersão paradigmática numa perspectiva teórica que concebe a língua de sinais, a cultura surda e suas produções como alta expressão e valores humanos. Assim, nos chama a repensar a realidade de inclusão linguística e cultural socialmente estabelecida e que segue na direção pouco problematizada de que a inclusão acontece quando o surdo, dentre outras possibilidades de entrada social, apreende os saberes e conhecimentos da macro sociedade ouvinte. Como tornar visível a cultura surda para a comunidade ouvinte é sua questão de pesquisa. Essa sua preocupação está alicerçada na hipótese de que o acesso as Escritas Surdas também é um direito dos ouvintes. Isso significa uma mudança de olhar fundamental em nossos processos de revisão de nossas concepções de direitos de acesso aos bens culturais da humanidade”. Profa. Dra. Shirley Barbosa das Neves Porto, UFCG – PB
“Em 2013, na Alemanha, o escritor Luiz Ruffato proferiu uma conferência que se tornou amplamente conhecida no âmbito da crítica acadêmica. Tratando, especificamente, da sociedade brasileira, o romancista mineiro dissertou sobre a relação eu-outro, com as seguintes palavras: ‘voltamos às costas ao outro – seja ele o imigrante, o pobre, o negro, o indígena, a mulher, o homossexual – como tentativa de nos preservar, esquecendo que assim implodimos a nossa própria condição de existir’. Ao concordar com a fala de Luiz Ruffato, lembramos que o tecido social brasileiro é composto por muitas minorias, e além das camadas sociais citadas por este escritor, acrescentamos a comunidade surda no grupo das minorias sociais. Assim, durante décadas a surdez foi motivo de marginalização, segregação, esquecimento e constrangimento. Ao surdo coube-lhe o diagnóstico da incapacidade, ilustrando a ignorância e a ausência de políticas públicas que se debrucem sobre a surdez nos seus mais diversos âmbitos e perspectivas. Para além desta pertinente contribuição, os pesquisadores desenvolveram a ideia de ‘Escritas Surdas’, que tem como potência a resistência da comunidade surda frente à dominação ouvinte, através do contato e da vivência com a surdez. Caberia indicar a leitura dessa obra aos interessados em questões sobre Alteridade e Inclusão, Ensino de Libras, Estudantes de Pós-Graduação das áreas de Letras e Educação, além de professores da educação básica e superior. Outrossim, apenas o conhecimento liberta das ignorâncias”. Prof. Dr. José Veranildo Lopes da Costa Junior, UERN – RN.
SOBRE OS AUTORES:
Ronny Diogenes de Menezes é professor de Libras na UFRN e possui Mestrado na área de “Linguagens, Culturas e Formação Docente”, pelo PPGFP-UEPB.
Fábio Marques de Souza é professor no curso de Letras na UEPB e possui Doutorado em Educação pela USP e estágio de Pós-doutorado em Educação contemporânea pela UFPE. [email protected]
“A leitura deste livro foi desafiadora para mim desde seu título, porque, o seu primeiro chamado é para repensar o lugar de poder em que as escritas surdas precisam ser colocadas. O segundo é que o direito à literatura é uma via de mão dupla, havendo uma necessidade premente de inversão cultural nas relações estabelecidas entre surdos e ouvintes e nos modos como os segundos precisam redimensionar suas concepções sobre os primeiros. A perspectiva apresentada de que as produções literárias dos surdos são uma necessidade e um direito para os ouvintes é uma clara expressão de sua imersão paradigmática numa perspectiva teórica que concebe a língua de sinais, a cultura surda e suas produções como alta expressão e valores humanos. Assim, nos chama a repensar a realidade de inclusão linguística e cultural socialmente estabelecida e que segue na direção pouco problematizada de que a inclusão acontece quando o surdo, dentre outras possibilidades de entrada social, apreende os saberes e conhecimentos da macro sociedade ouvinte. Como tornar visível a cultura surda para a comunidade ouvinte é sua questão de pesquisa. Essa sua preocupação está alicerçada na hipótese de que o acesso as Escritas Surdas também é um direito dos ouvintes. Isso significa uma mudança de olhar fundamental em nossos processos de revisão de nossas concepções de direitos de acesso aos bens culturais da humanidade”. Profa. Dra. Shirley Barbosa das Neves Porto, UFCG – PB
“Em 2013, na Alemanha, o escritor Luiz Ruffato proferiu uma conferência que se tornou amplamente conhecida no âmbito da crítica acadêmica. Tratando, especificamente, da sociedade brasileira, o romancista mineiro dissertou sobre a relação eu-outro, com as seguintes palavras: ‘voltamos às costas ao outro – seja ele o imigrante, o pobre, o negro, o indígena, a mulher, o homossexual – como tentativa de nos preservar, esquecendo que assim implodimos a nossa própria condição de existir’. Ao concordar com a fala de Luiz Ruffato, lembramos que o tecido social brasileiro é composto por muitas minorias, e além das camadas sociais citadas por este escritor, acrescentamos a comunidade surda no grupo das minorias sociais. Assim, durante décadas a surdez foi motivo de marginalização, segregação, esquecimento e constrangimento. Ao surdo coube-lhe o diagnóstico da incapacidade, ilustrando a ignorância e a ausência de políticas públicas que se debrucem sobre a surdez nos seus mais diversos âmbitos e perspectivas. Para além desta pertinente contribuição, os pesquisadores desenvolveram a ideia de ‘Escritas Surdas’, que tem como potência a resistência da comunidade surda frente à dominação ouvinte, através do contato e da vivência com a surdez. Caberia indicar a leitura dessa obra aos interessados em questões sobre Alteridade e Inclusão, Ensino de Libras, Estudantes de Pós-Graduação das áreas de Letras e Educação, além de professores da educação básica e superior. Outrossim, apenas o conhecimento liberta das ignorâncias”. Prof. Dr. José Veranildo Lopes da Costa Junior, UERN – RN.
SOBRE OS AUTORES:
Ronny Diogenes de Menezes é professor de Libras na UFRN e possui Mestrado na área de “Linguagens, Culturas e Formação Docente”, pelo PPGFP-UEPB.
Fábio Marques de Souza é professor no curso de Letras na UEPB e possui Doutorado em Educação pela USP e estágio de Pós-doutorado em Educação contemporânea pela UFPE. [email protected]
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Ronny Diogenes de Menezes
- Tamanho: 5739 KB
- Nº de Páginas: 139
- Editora: Mentes Abertas
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro ESCRITAS SURDAS NA ESCOLA: novos horizontes literários (Coleção Literatura, Leitura & Ensino Livro 4), escrito por Ronny Diogenes de Menezes. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.