Equipamento de Proteção Individual: O que leva à relutância na sua utilização
Por Hélcio Tognon Moisés Corrêa Uwe JanssenO presente trabalho inclui várias observações de situações da rotina industrial em uma empresa do ramo metalúrgico, onde fotos foram tiradas, bem como uma pesquisa orientada de campo em três diferentes locais de uma empresa do ramo civil, e por último, entrevistas com operários de uma empresa do ramo de petróleo e gás.
PREFÁCIO
“Considero de extrema importância o assunto abordado neste trabalho sobre a relutância na utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI. Esse tema há muito tempo vem sendo discutido e, mesmo assim, o problema persiste.
Tenho a convicção de que é uma questão de educação, associada a problemas de comportamento e de comunicação. Entretanto, o mais importante e crítico desafio para que haja a mudança de comportamento é conseguir o comprometimento das pessoas com a segurança do trabalho e que elas consigam se sentir agentes importantes neste processo, entendendo que o uso do equipamento não é um castigo.
Isto envolve diretamente aspectos de motivação das pessoas, que por sua vez costumam ser influenciados pelos valores da empresa, que são decorrência da cultura empresarial e do compromisso de seus líderes com a segurança do trabalho.
Para mim uma adequada solução para que o EPI não seja abandonado no trabalho e seja utilizado com efetividade emerge da troca de informações, e não da imposição, de cima para baixo. A solução obtida em conjunto é uma das formas mais efetivas de obter comprometimento das pessoas com a gestão de mudanças.
Entretanto, o processo de mudança exige liderança e isto é abordado neste trabalho com bastante critério. A escolha do líder é, portanto, de extrema importância para a condução do processo e para a resolução de conflitos durante essa mudança. Porém, liderar não significa “mandar”, e sim gerenciar e envolver o trabalhador no processo. O líder é aquele que inspira seus seguidores e que manifesta no outro a vontade de fazer. Que os faz agir adequadamente porque acredita naquilo.
Segundo Aristóteles, devemos apelar para a “vontade das pessoas”, depois para a “sensibilidade” e por último para sua “inteligência”. Defendia que devemos apelar paras os três aspectos da psicologia humana, dando ênfase naquele em que a pessoa for mais influenciável. Caberá aos líderes descobrir a melhor forma de influenciar seus liderados.
Este trabalho, constituído pela observação direta de situações de rotina industrial, em uma pesquisa de campo orientada e nas entrevistas com operários, demonstra claramente que é preciso desenvolver um sistema de gestão da segurança do trabalho na organização e que o tema seja considerado no planejamento estratégico da empresa.
Sem dúvida, este trabalho contribui para que o leitor se sensibilize com o fato de que a não utilização do EPI faz com que sua equipe não esteja protegida das lesões que os acidentes podem gerar, e que sua utilização é a última opção na hierarquia de controle de riscos.
Além disso, o trabalho mostra claramente que além do investimento na capacitação dos líderes é preciso investir na qualificação dos operários. É preciso dar um passo adiante para vencer abordagens baseadas em modelos de gestão empresarial insuficientes para garantir a proteção total dos operários.
Quero parabenizar Moisés, Hélcio e Uwe pelo trabalho, pois este, certamente, contribuirá para a redução de acidentes e para a melhoria da qualidade de vida dos operários”.
José Carlos de Arruda Sampaio
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Hélcio Tognon Moisés Corrêa Uwe Janssen
- ASIN: B01AX7SJVG
- Idioma: Português
- Tamanho: 11986 KB
- Nº de Páginas: 89
- Categoria: Ciências
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Equipamento de Proteção Individual: O que leva à relutância na sua utilização, escrito por Hélcio Tognon Moisés Corrêa Uwe Janssen. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.