Epílogo Astronômico: Um relato inocente sobre a pandemia do Corona Vírus.

Quando se convive com a morte, sua essência passa a ter novos sentidos. Para um garoto de 12 anos colecionar estrelas de giz na porta azul proibida se torna insuficiente. Sua coleção só toma outro rumo quando uma pequena pétala o leva ao encontro de sua mãe sem vida no corredor do porão e estranhas coincidências sobre gêmeos grisalhos mortos em tempos diferentes se revelam.O mundo vira do avesso quando a promessa do 14 Bis ser construído na escola vai por água a baixo e as estrelas de seu pai começam a chegar embaladas em plástico como brinquedos sem poder mais viajar por buracos de minhocas como antes.Enquanto seu pai vestido da cabeça aos pés com roupas descartáveis se ausenta por trabalho e censura o noticiário ele vê seu diário de registro da coleção tomar um impulso assustador. Entre a fuga das brigas incansáveis da irmã com o pai e sua insaciável busca pelo desconhecido que lhe deixa vulnerável sua tentação em desvendar o que os olhos quase sempre úmidos do pai escondem só cresce.Narrado do ponto de vista de uma criança o relato pessoal se revela em personalidades distintas, em pequenos fragmentos mentais, e expõe, de forma inocente, como o personagem vivencia a situação atual.