Entre o céu e o inferno: A gênese do fim

O homem é um ser inacabado. Sua incompletude gera a inclinação para uma busca eterna chamada vocação ontológica por alguns. A religião é apenas uma manifestação dessa característica particularmente humana, afinal, o animal está pronto. O lobo é lobo como a pedra é pedra, já esse animal talentoso chamado homem está vinculado ao “vir a ser”, sempre pode ser mais que homem. Cada um é um universo particular se confrontando com esse cosmo exterior e outros universos particulares. Esse caos existencial é a raiz da angústia humana que por mais distrações que se lhe interponha, bate à porta da razão de cada um. Quem sou eu? Qual o sentido disso tudo?

Entre o céu e o inferno toca nessas questões de maneira sutil. Contudo, em um cenário onde é certa a existência do sobrenatural que justamente por estar presente deixa tudo ainda mais misterioso e enigmático. Se houvesse a certeza de que Deus realmente existe o que seria diferente? Haveria paz? Matheus é o seu guia na reflexão sobre um mundo semelhante ao nosso, entre anjos e demônios diante de um futuro incerto ele busca por respostas que todos nós em um momento da vida sentimos falta. Quem nós somos? Há um sentido para a vida? Se há, qual seria?

“A Gênese do fim” é a introdução ao cenário de “Entre o céu e o inferno”. Um mundo mágico e tenebroso que como o nosso mundo possui beleza e horror, onde o bem e o mal se confundem e a clareza dos conceitos se perde na prática humana. O que é ser bom ou mau? Os anjos e os demônios são nossos símbolos como são para Matheus, mas no fim, nada é tão simples quanto parece…