Entes Queridos

Movido por infortúnios constantes, Abel Nunes sempre se perguntou desde a infância, se era merecedor do amor. Sua história foi escrita sem esperança, pautada em vermelho, onde continha um forte sentimento de culpa que consumia seu interior, crescendo lentamente, por anos. Revolto em uma muralha psicológica, a aceitação do isolamento foi a maneira que o tal encontrou para si. Uma questão sempre martelava em sua mente, ”deveria viver ou morrer?”

Porém, o passado, o presente e o futuro, já estavam escritos. O destino sempre sabe o que deve ser feito e, é necessário que as linhas se cruzem. O ponteiro do relógio, que antes se encontrava paralisado, começa a engatar no instante em que uma proposta lhe é feita. Ele nunca esqueceria, os cabelos platinados da mulher, que o abordou no meio de um vagão vazio. E logo após um presente ser dado, o homem estaria permanentemente amarrado a ela.

Um hotel habitados por fantasma, seria sua nova realidade. E um mundo astral se mistura com o fisico, para que uma força maior relembre as feridas negadas por Abel. Pois, dividas precisam ser pagas e pendências resolvidas, para que tanto o caminho dos mortos, quanto os dos vivos, se abra.