ENSINANDO E APRENDENDO NO NOVO NORMAL

Falar sobre emoções parece ser o assunto mais pertinente nesse momento da educação do nosso país. Nossa história mostra uma educação focada na inteligência lógico-matemática. Podemos ver que essa inteligência é a mais valorizada dentro das instituições de ensino. Parece ser essa a necessidade que deve ser atendida, afinal de contas, parece que a educação esteve preocupada em formar pessoas para o mercado de trabalho, adaptadas às necessidades do desenvolvimento profissional. É disso que fala o processo seletivo brasileiro, o vestibular: possibilitar a entrada em uma instituição para o desenvolvimento de uma profissão. Eu não me coloco contrário a esse papel da educação de auxiliar o desenvolvimento profissional. Eu falo sobre a necessidade de que uma outra área seja também desenvolvida, e essa área é a emocional, o falar sobre emoções, até mesmo para que esse conhecimento contribua, no futuro, com o desenvolvimento profissional do aluno. A escola de hoje é fria no seu processo de avaliar, não considera as emoções e faz um cálculo matemático para julgar a capacidade e potência do aluno. Um aluno que consegue boas notas, é um aluno potente para a escola, pouco importa se ele administra bem ou não suas emoções, se ele tem competências emocionais para administrar a sua vida, se ele é empático com os outros, a escola dá como missão cumprida o fato do aluno responder às expectativas acadêmicas, resultados matemáticos, mais especificamente falando, a nota tirada na prova. A pergunta que faço é: esse é o nosso propósito como professor? Será que a nossa saga como educador se resume a passar conteúdos técnicos sobre disciplinas específicas? Será que o “guiar a ação” é falar sobre fórmulas, regras de escrita, fatores geográficos, e tantos outros assuntos técnicos e estéreis de sentimentos. Não quero dizer que essas coisas sejam menos importantes, o que quero dizer é que falta um grande assunto nessa história: as emoções, falar sobre sentimentos, sobre desejos, sobre frustrações, sobre medo, sobre ansiedade, e tantas outras formas de se conhecer e classificar as emoções.