Enquanto eu respirar

Luke Dinally era a atração da pequena cidade de Beaufort, um verdadeiro astro em ascensão, apenas aguardando o grande jogo. Mas não foi isso que encontrei quando cheguei a Beaufort, não foi o astro consagrado do basquete, não foi o namorador na época do colegial.

Luke Dinally me consumiu com sua escuridão e por alguma razão insana, o rapaz desbocado e fechado não conseguia me manter afastada. Seus olhares sombrios, seu cabelo desalinhado faziam meus dedos formigarem com a vontade de tocá-lo.

Não tinhamos nada em comum. Luke e Alissya eram o que chamavam de amizade improvável. Luke tinha suas sombras e eu vivia na luz e na vontade de viver intensamente, repleta de sonhos e projetos. Mas era nos pequenos instantes que os olhos verdes escuros de Luke deixavam aquele lugar em sua própria dor, que eu via a vida. A vontade de pegar sua Harley e viajar pelas estradas.

Era uma vez um cara e eu me apaixonei por suas imperfeições.