Em Algum Lugar do Universo

A pequena lua é chamada de Ktrk e testemunha a agonizante sucumbência de uma espécie de criaturas inteligentes, em um mundo com seus recursos totalmente consumidos e escassos. Strk como se auto denominam, quer dizer “sobreviventes” na língua rústica e estridente Strkiana, contando em seu nome a contínua luta desta civilização pela sobrevivência que persiste por milênios na contagem de tempo terrena.

Este mundo já foi rico e exuberante, com suas criaturas muito ágeis e resistentes, resultante da baixa gravidade e existência de gazes que favoreciam o desenvolvimento e sobrevivência. Tudo corria muito bem em sua evolução natural, até que um acidente colossal ocasionado pelo choque de uma de suas luas irmãs com um imenso asteroide, afetou o frágil sistema atmosférico de Ktrk. Muitos destes gazes foram consumidos na explosão, sua superfície se transformou de um lugar de temperatura amena e estável em um árido deserto de pó e pedras de cor caramelo.

Um Strk é uma criatura robusta e resistente, em uma analogia e descrição terrena podemos descrever como tendo quatro braços, dois superiores menores, todos com mãos com dois dedos e um polegar, semelhante a pinças. Seu corpo possui um exoesqueleto, no interior corre seu sistema nervoso, no exterior músculos fortes produzindo uma aparência muito musculosa, pele em tonalidades vermelho claro com manjas mais escuras. Mas o mais interessante é a inexistência de uma cabeça, tornando parecidos com caranguejos, dois pequenos olhos negros protegidos em duas pequenas aberturas na carapaça que se estende pelas costas.

Através da manipulação das pedras como comunicadores, ao aponta-las para o céu, produziam visões detalhadas do espaço, este conceito astrofísico, lhes permitiu prever o colossal acidente que dizimou a superfície de seu mundo, transferindo toda a civilização para partes inferiores. Limitando a cultura apenas a conhecimentos relacionados a sobrevivência de seus integrantes.

Toda e qualquer pedra de luz encontrada era direcionada para o cultivo de Rar, sendo proibida qualquer outra aplicação.

Esta proibição durou séculos até a chegada do Sinal.