Ekspo Mondo: Meu olhar de Mondo

As pessoas tendem a usar as diferenças como justificativa para seus atos mais cruéis. Mas a realidade é que temos mais semelhanças que nos unem, que diferenças que nos separam. Como, por exemplo: As mesmas flores usadas no dia de los muertos no México, também são usadas na Índia para ornamentar cadáveres, ou o sabor do café na Etiópia, que é exatamente igual ao nosso brasileiro. Esse e vários outros exemplos, nos mostram que estamos unidos como espécie, e o que nos separa são apenas fronteiras imaginárias, algumas geográficas, outras culturais e até religiosas. Diferenças não deveriam ser consideradas barreiras, pelo contrário, devem ser respeitadas e preservadas como herança cultural.

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A humanidade já sofreu mais que o suficiente, então resolvi criar um projeto que servisse como ponte. Mondo é a tentativa de aproximarmos uns aos outros através nossas diferenças, independente de distância, cor de pele ou crença religiosa.

​No início a composição deste projeto fotográfico era apenas um arquivo particular, mas vendo o mundo com os próprios olhos e a aprendendo com ele, percebi que é minha responsabilidade levar a mesma compreensão para outras pessoas. Desde jovem sempre esperei por uma revolução, a fim de tornar o mundo um lugar mais justo para se viver. Hoje percebo que revoluções não são feitas com kalashnikov. As verdadeiras revoluções são feitas com arte, seja ela expressada em idiomas humanitários como o Esperanto, ou em fotos.

​Um dia, um oculista ousou criar um idioma universal para melhorar o mundo, hoje entrego minhas fotografias ao mesmo propósito.

Cem anos após a morte de seu criador, o esperanto começa a dar frutos e hoje é o idioma artificial mais falado no mundo; e dentro de alguns anos ele cumprirá com seu papel diminuindo a distância entre tribos de todo planeta. Agora temos por obrigação dar sequência neste processo e reafirmar o significado de Mondo e Esperanto, que traduzido para o português significam “Mundo e Esperança”.