Diálogo sobre as divisões da oratória: De Partitione Oratoria
Por Marco Túlio Cícero De autoria de Marco Túlio Cícero, o Diálogo sobre as Divisões da Oratória (De Partitione Oratoria) foi escrito por volta do ano 47 a.C. e traz preciosos ensinamentos de um dos maiores escritores da Roma Antiga. Como se verá logo de início, De Partitione Oratoria surge do desejo do filho homônimo de Cícero em ouvir, em latim, as mesmas lições que haviam sido proferidas pelo pai em grego. É possível que à época em que se deu esse primoroso diálogo, Cícero já tivesse escrito outras de suas obras sobre a retórica como os tratados Retórica a Herenius, Invenção e Tópicos. Talvez seja por essa razão que seu filho alimentasse o ardente desejo de ouvir do próprio pai as ideias já desenvolvidas nos trabalhos anteriores.
Especulações à parte, o fato é que, ao atender o desejo do filho, Cícero desenvolve preciosas lições sobre a arte da oratória. Ele discorre sobre o tema, começando pela primeira parte que é o talento da palavra ou a potencialidade do orador. Em seguida, explica os tópicos de onde se extraem os argumentos, fala dos preâmbulos, ensina os meios para provocar a benevolência dos juízes e destaca a distinta natureza dos homens, a qual o bom orador deve sempre considerar. Discorre ainda sobre a disposição das palavras e sobre os gêneros apologético, deliberativo e judiciário.
Com naturalidade, o leitor perceberá que o diálogo revela a preocupação do próprio Cícero com a formação de seu filho. Na antiguidade clássica, a retórica e a oratória constituíam disciplinas relevantes para a formação humanística do cidadão romano. As sete artes liberais eram reunidas no trivium (gramática, dialética e retórica) e no quadrivium (aritmética, geometria, música e astronomia). O leitor verá que Cícero recomendará ao filho não descuidar da dialética, percebendo que antes de tudo é preciso estreitar os raciocínios como os dialéticos fazem. A filosofia é o início da caminhada para o bom orador. Outra percepção que o leitor poderá extrair do diálogo é a ênfase que Cícero dá ao gênero judiciário. Isso pode ser observado nos inúmeros capítulos que o diálogo dedica ao tema. Como senador, filósofo, escritor, advogado e cônsul da República, Cícero viveu durante um período conturbado da Roma Antiga, no qual importantes causas de espoliação e de revolta pública foram levadas a julgamento, aguçando as paixões dos cidadãos. Nomes proeminentes da República eram seguidamente acusados de conspiração, de corrupção de juízes, de alta traição e de usurpação de direitos. Nada muito diferente do que passam as repúblicas do século XXI. Na Roma Antiga, as causas criminais transformavam-se em causas políticas. Os cidadãos dividiam-se em facções. Os debates arrebatavam a multidão, e as paixões a dividiam. Os acusados eram cidadãos ilustres. Os juízes e os romanos precisavam ser convencidos da culpa ou da inocência dos acusados. Por esse motivo é que o diálogo entre Cícero e seu filho parece ganhar ainda mais relevância. Especula-se que De Partitione Oratoria tenha corrido por volta do ano 707 da fundação de Roma (ou ano 47 a. C.). Passados mais de dois mil anos, esse diálogo permanece entre nós como um belo testemunho de uma época da história da humanidade.
Especulações à parte, o fato é que, ao atender o desejo do filho, Cícero desenvolve preciosas lições sobre a arte da oratória. Ele discorre sobre o tema, começando pela primeira parte que é o talento da palavra ou a potencialidade do orador. Em seguida, explica os tópicos de onde se extraem os argumentos, fala dos preâmbulos, ensina os meios para provocar a benevolência dos juízes e destaca a distinta natureza dos homens, a qual o bom orador deve sempre considerar. Discorre ainda sobre a disposição das palavras e sobre os gêneros apologético, deliberativo e judiciário.
Com naturalidade, o leitor perceberá que o diálogo revela a preocupação do próprio Cícero com a formação de seu filho. Na antiguidade clássica, a retórica e a oratória constituíam disciplinas relevantes para a formação humanística do cidadão romano. As sete artes liberais eram reunidas no trivium (gramática, dialética e retórica) e no quadrivium (aritmética, geometria, música e astronomia). O leitor verá que Cícero recomendará ao filho não descuidar da dialética, percebendo que antes de tudo é preciso estreitar os raciocínios como os dialéticos fazem. A filosofia é o início da caminhada para o bom orador. Outra percepção que o leitor poderá extrair do diálogo é a ênfase que Cícero dá ao gênero judiciário. Isso pode ser observado nos inúmeros capítulos que o diálogo dedica ao tema. Como senador, filósofo, escritor, advogado e cônsul da República, Cícero viveu durante um período conturbado da Roma Antiga, no qual importantes causas de espoliação e de revolta pública foram levadas a julgamento, aguçando as paixões dos cidadãos. Nomes proeminentes da República eram seguidamente acusados de conspiração, de corrupção de juízes, de alta traição e de usurpação de direitos. Nada muito diferente do que passam as repúblicas do século XXI. Na Roma Antiga, as causas criminais transformavam-se em causas políticas. Os cidadãos dividiam-se em facções. Os debates arrebatavam a multidão, e as paixões a dividiam. Os acusados eram cidadãos ilustres. Os juízes e os romanos precisavam ser convencidos da culpa ou da inocência dos acusados. Por esse motivo é que o diálogo entre Cícero e seu filho parece ganhar ainda mais relevância. Especula-se que De Partitione Oratoria tenha corrido por volta do ano 707 da fundação de Roma (ou ano 47 a. C.). Passados mais de dois mil anos, esse diálogo permanece entre nós como um belo testemunho de uma época da história da humanidade.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Marco Túlio Cícero
- ASIN: B07V7Z3KJH
- Idioma: Português
- Tamanho: 329 KB
- Nº de Páginas: 126
- Categoria: Arte, Cinema e Fotografia
Amostra Grátis do Livro
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