DESESPERANÇAS

A personagem inominável sofre com as dores do mundo. Perdida por uma tragédia marcante, ela busca, sem nome e esquecida, rumo e redenção. Existe um limiar para que haja esperança e amor outra vez? Ou talvez o Grande Cruel Devaneio que assola o mundo deseja que nos esqueçamos do que importa?”E aqui, vez mais, apresento-me diante de tal invisível plateia e lhes dirijo os impiedosos cumprimentos ansiados. Ora, ora! Público desgraçado! Que quereis mais de mim? Minha própria essência? Que lhes importa isto? Conto-lhes flashes, conto-lhes banalidades duma vida filhadaputamente cuspida e fatigada. (…) Defloro-me a carne nociva e entrego-lhes momentos, agoras, instantes. Não, não me questiones. Não há o que diga aqui. O que aqui conto são flashes. Meus piscares. Meus sentires. Quereres. Paixões. Amargores. Quer baste a vós isto ou não, é o que vos direi.”