DEPOIS DOS 45 NA PRORROGAÇÃO

O livro trata da trajetória do autor que foi estudar direito aos 45 anos e fazer concurso para o cargo de Delegado de Polícia Civil depois dos 50 anos, sendo que tomou posse no cargo aos 55 no Estado do Acre.

O livro apresenta a seguinte mensagem: VOCÊ TAMBÉM PODE, SÓ DEPENDE DE VOCÊ.

O livro, nos limites de uma ficção, expõe a firmeza como o autor percorreu a sua senda numa certeza ímpar de que estava da rota certa ao fazer a opção de estudar depois dos 45 anos. A narrativa é baseada em uma história real, de um homem de carne e osso, um nordestino que nasceu no interior do Maranhão, morou no Piauí e no Amapá e atualmente vive no Acre.

Judson Barros logrou êxito em diversos concursos depois dos 45 anos. Dentre os cargos que ocupou, podemos citar o de analista do Ministério Público do Amapá, analista da Defensoria Pública da União e professor da Universidade Federal do Amapá, onde cursou mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas, observando uma única receita: confiança e dedicação misturadas com paciência.

Depois dos 50 anos resolveu ser Delegado de Polícia e conseguiu aprovação para o cargo no Acre e no Piauí. Esses Estados promoveram ações administrativas e judiciais no sentido de não permitir que o autor efetivasse o seu intento, alegando que era “velho”. Assim, depois de aprovado nos concursos, foi obrigado a enfrentar uma insana demanda judicial contra esses entes para garantir o seu direito.

Situações de tamanha discriminação não é compatível com o Estado Democrático de Direito, sobretudo porque se mostra sem respaldo constitucional. E nesse ponto é importante que se observe a disposição de quem não retrocede porque um obstáculo foi armado no caminho, pois a vontade de vencer está acima de eventuais encalços descabidos.

O Estado não pode ser um ente discriminador sem propósito e sem base jurídica, antes deve promover a igualdade entre os cidadãos. O autor esclarece que a etariofobia é tão violenta quanto o racismo e a homofobia.

É ao mesmo tempo uma história de superação e de quebra de paradigmas. Num momento em que a grande maioria das pessoas entende não ser mais possível realizar as aspirações, Judson Barros resolveu cursar uma faculdade e reescrever a sua história de vida. O livro mostra como foi esse processo de reconstrução.

Importante aspecto do livro é mostrar para os leitores que o tempo e hora quem define é cada pessoa, nos limites de sua consciência. Que a questão da idade não tem qualquer importância. Que a hora de fazer é a hora que se resolve fazer. Ter 50, 60 ou 70 anos é de total irrelevância.

É um escrito que leva o leitor a reflexões, pois mostra a necessidade de mudanças de comportamentos para se alcançar os objetivos planejados. Em um jogo, com preleção, primeiro tempo, intervalo, segundo tempo e prorrogação, o leitor irá entender como o autor, na sua experiência de vida, traçou e chegou aos seus objetivos.

O livro ainda mostra a sua relação familiar. O amor entre ele e seus filhos, Isis Valentina de Judson, Indira Maria e Judson Luís. Explica a valiosa importância da sua esposa Missy-Lany ao lhe dar apoio incondicional para que a caminhada se tornasse mais leve e possível. O imenso amor que conduziu a relação com a sua mãe Dica é outra faceta do autor que emociona.

Certamente que a história de Judson Barros pode servir como um norte, mas cada um terá o seu próprio modo de fazer e seguir na sua própria trilha.