Deixo–me e Levo–te: Romance

Luciana e Augusto adoram refletir sobre a vida em conversas leves e inspiradoras. Falam sobre ela, seus familiares, seu envolvimento com o ambicioso Felipe, sobre como encarar o Amor e a forma como suas escolhas afetam a si e as pessoas à sua volta. Todos aprendem que as escolhas individuais podem mudar drasticamente tudo à sua volta.

O Deixo-me e Levo-te é um romance que nos faz lembrar o poder que nossas escolhas têm e como suas consequências se entrelaçam formando uma colcha de retalhos: os dramas, as dores, os amores e o aprendizado de cada um com a linha costurada habilmente pelo tempo. Bruno Bremer nos traz a proposta de pensarmos sobre nossa própria percepção, seja sobre nós ou sobre os outros. Num ponto onde se cruzam literatura e reflexão, nos faz questionar: E se fosse comigo? Recuperar a si, diariamente, diante dos efeitos sofridos e causados pelo que escolhemos nos tornar: “Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” como ensinava Antoine de Saint-Exupéry, em “O Pequeno Príncipe“.

“E Augusto continuou:
— Veja bem, Luciana. O que você tem aí dentro, você tem que cultivar da melhor forma; uma flor não pode escolher qual o inseto lhe buscará pólen ou o néctar. Ela simplesmente o disponibiliza. A abelha vem e pega o néctar para fazer o mel. Ela e outros insetos acabam por derrubar o pólen para completar o ciclo e nascerem mais flores. O beija-flor se alimenta do néctar. E ainda tem aqueles que nem sabem para que serve o pólen ou o néctar. E mesmo assim, a flor não deixa de disponibilizá-los.
Luciana o olhava fixamente, sem interrompê-lo:
— Por fim, temos ainda a lagarta, que come as folhas da flor. E a vida segue. A flor segue fazendo aquilo para quem precisa, para quem merece e até mesmo para quem a machuca, pois pra sobreviver vale mais a pena espalhar seu néctar e seu pólen do que se fechar.”