Dança Um Tango Sobre a Minha Campa

A adorada esposa de Lucas, Brenda, morrera há três anos nos seus braços, na casa deles em Lisboa. Neste fim de tarde, a escassos segundos da sua própria morte, Lucas recebe um telefonema de Manaus, no Amazonas, em que Brenda lhe pede que se encontre com ela lá, no coração da maior selva do mundo.

Em tempos relativamente abastado, mas agora falido e com uma ordem de despejo por dívidas contraídas com a doença prolongada da sua adorada esposa Brenda, amor da sua vida que sucumbiu a seu lado e que ele sepultou há três anos, Lucas está a um segundo de consumar o suicídio quando o telefone toca no seu bolso. Do outro lado da linha fala-lhe um advogado de Manaus, no Amazonas, comunicando-lhe que a sua esposa Brenda havia deixado no seu escritório uma encomenda dirigida a Lucas com uma carta encarregando-o de contactar o marido e juntando dinheiro para a viagem deste de modo a que o envelope lhe seja entregue pessoalmente.
Confuso, Lucas responde-lhe que a esposa dele morrera há três anos. – “Tem a certeza?”, perguntou-lhe o homem. “Como tenho a certeza? Que raio de pergunta é essa?” retorquiu ele. “Ela morreu do meu lado”.
Entretanto, pelo fax recebe cópia da carta para o advogado contendo as instruções de quem alega ser a sua esposa Brenda. Os dados na carta são intrigantes, Lucas até poderia ter acreditado em tudo aquilo não tivesse a sua esposa morrido ao seu lado e ele chorado na sua sepultura.
A primeira parte do “Dança Um Tango Sobre a Minha Campa” acompanha na primeira pessoa, de Lisboa a Manaus, a Recife, a São Gabriel da Cachoeira e até às profundezas da selva amazónica, a odisseia da mulher que diz ser Brenda na busca da sua própria identidade perdida pela amnésia causada por um atentado à sua vida três anos antes, até que Lucas lhe perde o rasto.
Ele persegue incansavelmente a pista daquela mulher, levando-o numa busca frenética plena de peripécias policiais, intrigas,
atentados e conspirações entre os protagonistas e multinacionais da indústria farmacêutica mundial.