Cooperativas, Justiça & Cultura: Obra completa
Por Guilherme KruegerPara dizerem dessa centralidade, os cooperativistas amiúde enfatizam a ideia de felicidade, quando discursam. O livro assume essa ênfase como uma provocação e responde a isso. Não uma resposta banal, mas enredada na busca por um sentido de Justiça que dê conta da pretensão de legitimar e ampliar a experiência cooperativa. O prefácio antecipa que o fio condutor do livro é qual uma navalha na carne: na cooperativa, assim como em todo fenômeno cultural, o normal e o patológico não se opõem um ao outro como dois contrários, mas sim como duas partes de um mesmo todo. Então, ao invés de capítulos, fica melhor em falar em cortes, recortes e retalhos.
O primeiro retalho tem por título
O que identifica uma união de pessoas como cooperativa? . É uma apresentação da cooperativa numa abordagem com a qual a cooperação se faz presente como valor. É um começo. Que nada tem de superficial: o mais profundo é a pele. E para fulgurar a cooperação como valor num sentido tão imediato como a que se dê pelo tato, o segundo recorte Amor, Justiça e Verdade é teológico. Essa abordagem pouco usual já se faz presente no tipo literário: uma epístola. Em que textos canônicos e o magistério dos Papas Bento XVI e Francisco articulam a importância das cooperativas na atualidade da Doutrina Social da Igreja Católica Romana.Do espírito às vísceras. O terceiro corte,
Sonhos interrompidos e os rostos humanos resvala para a economia da saúde. O leitor identificará a morada do normal e do patológico que se apresentam como lábios fendidos de um corte por bisturi. O quarto recorte já sangra: em Cooperativas e Madalenas, o fenômeno das cooperativas de médicos especialistas em procedimentos de alta complexidade é correlacionada com crimes de cartel. Uma aguda tensão a abismar o leitor: como ideias que lhe pareçam tão díspares podem estar muito próximas na economia da saúde? Aí, se brinca o jogo do que é o que é. Mas então, outro recorte. Já é lógica aplicada ao conhecimento: A agência epistêmica face os argumentos de autoridade.Mais um retalho, a esquizoanálise e os cortes se fazem metodológicos. No sexto corte,
Cooperativas sem degredados, a ideia de felicidade é separada da funcionalidade. Já em O carro de Jagrená por entre palácios de cristal, o risco e a transparência em gestão assumem o horizonte de primeiro plano. O livro então recorta na psicossociologia a análise institucional em Por que a norma deveria ser a regra?Como o primeiro retalho é encimado com uma pergunta, assim também é epigrafado o último. Indicando ao leitor ser ele quem deve concluir a obra com a sua leitura. O texto quase nada ensina, mas muito insinua a ele. Então, o posfácio que faz um exercício de aplicação prática nas cooperativasde créditos de tudo que foi insinuado ao longo do livro.
Características do eBook
- Autor(a): Guilherme Krueger
- ASIN: B0B5F9LV66
- Editora: Guilherme Krueger
- Idioma: Português
- Tamanho: 3077 KB
- Nº de Páginas: 409
- Categoria: Administração, Negócios e Economia
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