Coágulos do Caso em Soisy sur Seine

Tem gente que não lembra. Tem gente que não liga. E tem gente, gente como Madame Lafayette, que lembra e quer respostas.
Será que seu irmão se suicidou mesmo?
Será que alguém fez aquilo de propósito?
Talvez isso fosse só fruto de imaginação de Madame Lafayette. Ou, quem sabe, havia mesmo um crime coagulado no tempo!

Em trinta e dois anos, muitas coisas são esquecidas. Rememorar o passado se torna um exercício perigoso. Como separar a realidade das peças pregadas pela mente? Ou da mentira deliberada?

Recusando-se a deixar os mortos em paz, Edmund Fëll embarca numa investigação sobre o provável assassinato e sobre os possíveis suspeitos do assassinato. Mas, para chegar à verdade, a sua única alternativa será se basear nas lembranças das pessoas que presenciaram os eventos daquela outrora manhã de julho e, de quebra, mergulhar no âmago das transcrições dos vários depoimentos colhidos durante o inquérito, lembranças que, como o lendário rastro de migalhas de pão, podem ajudá-lo a enxergar além da liga de verdades e mentiras galvanizada pela passagem do tempo.