Cicatrizes e Pólvora

Para muitos, ter 15 anos é o começo da vida. Para Pâmela, ter essa idade significava quase o fim. Com 15, lhe faltavam apenas três anos para o final do treinamento de soldado, então ela oficialmente entregaria o que tem de mais precioso – o resto dos seus anos – ao governo de Halles.
Os poderes dela, da irmã, dos pais. Nada foi o suficiente para livrá-la de ser um soldado. Em treinamento, ela passou toda a vida isolada na ilha de Halles, sede do governo que levava o mesmo nome, e tudo o que conhecia era da ilha. Amor, ódio, família, compromisso. Tudo o que ela sabia, os moradores de Halles que a ensinaram.
Mas, ao ser vítima de uma armadilha, Pâmela deixa do único lugar que conheceu na vida e acorda em uma praia deserta sozinha, com um ferimento na cabeça e a certeza de que tudo o que tinha ficou para trás. Pelo menos quase tudo.
Uma parte de seu passado é revelada e, para buscar respostas, ela parte ao desconhecido, contando com a ajuda e proteção de estranhos.
Ao começar sua jornada para proteger o maior segredo de sua vida, ela descobre que ninguém, nada, nem mesmo o governo ao qual ela prometeu ser fiel até a morte, é o que diz ser.
No caminho para a verdade, Pâmela descobre que o amor pode doer. Que família não está sempre ligada ao sangue que corre nas veias.
E, distante da ilha, ela vai ter a oportunidade que sempre quis – deixar de pertencer a Halles. Pâmela vai escolher pertencer a algo muito maior: ela mesma.