CÉU, O LAR DOS IMPERFEITOS

Quantas Auroras ainda precisam sair na madrugada sem rumo em busca de uma resposta para a cura do câncer na alma intitulado “depressão”? Será que todas terão a sorte de encontrar alguém caçando estrelas e juntas poderem dividir suas dores e angustias? Aurora buscou diversas maneiras para preencher o vazio em si, uma delas foi buscando uma liberdade artificial no mundo das drogas. A caçadora de estrelas perdera sua filha de apenas oito anos para um tumor maligno e inoperável na cabeça. Durante as noites caçava estrelas e as guardava no armário em seu quarto. Juntas foram mais fortes, e em toda manhã faziam uma prece, porque assim, ao menos naquele dia, a depressão não poderia vencê-las.

Quantos filhos se encontram na cama mais cara do mundo, ou seja, na cama de um hospital depois de uma overdose, escrevendo cartas de despedidas aos seus pais, dizendo que trocaram seu banho quente pelo cheiro forte do esgoto? Trocaram o que tinham de mais precioso pelo pó, ou por um fino e pequeno cigarro de maconha. Trocaram a mesa farta por restos de comida jogados no lixo.

Temos a fantástica história de Luana, uma menina tímida que viu o corpo de sua mãe morta brutalmente por ladrões na casinha do interior. Cresceu com seu pai um homem rustico e casou-se com Mateus, seu colega de escola e quem a ensinou a jogar xadrez, com o tempo tornou-se a campeã mundial de xadrez e naquela noite chorou em silêncio no quarto do hotel.

Ainda temos Maria Luiza, uma mulher forte que foi violentada por seu esposo Jose Augusto e com os seus filhos pegou um trem e fugiu, para assim não se tornar mais uma vítima de feminicidio, com o passar do tempo, refez sua vida e teve a sua filha, a qual lhe deu nome de Vitória. E a sua nova família ela disse: jamais se esqueçam de que a coisa mais importante da vida é simples e não custa dinheiro: é o CÉU, O LAR DOS IMPERFEITOS.