Morando numa pequena cidade do interior, onde uma companhia siderúrgica e algumas mineradoras movimentam a economia, Carla trabalha como atendente num armazém de tamanho médio no qual, fora dos dias de pagamento, quase não aparecem fregueses e o ambiente fica entregue às moscas. Como é praxe em cidades do interior, como um antídoto para ocupar o tempo, aparecem colegas trazendo as últimas notícias da cidade – normalmente fofocas – o que não satisfaz as necessidades da moça. Cátia é prendada, católica radical, virgem, adora celebrações religiosas, voluntariar-se no Lar dos Velhinhos e dar assistência aos idosos despossuídos nos fins de semana. Sendo filha de um pai relapso que, embora ótimo profissional (marceneiro), não costuma aguentar-se num emprego fixo e costuma desaparecer por vários meses e deixar a família sem assistência, vê-se forçada a trabalhar naquele subemprego para ajudar sua mãe (que é bordadeira e quituteira) nas despesas da casinha onde moram de aluguel. O tio de Carla – irmão de seu pai – é o proprietário de uma marcenaria de porte médio nos arredores da cidade, da qual era sócio e a qual herdou após o falecimento do outro sócio, e é o primordial e contrariado patrão de seu pai quando ele resolve dar as caras. Após regressar de mais uma desaparição, o pai avisa ao irmão que vai se reengajar na firma e, devido às dificuldades enfrentadas pela família para pagar o aluguel mesmo de uma simples casinha, vai, também, precisar ocupar um barraco que há nos fundos da casa do enfezado irmão. Ficaram morando quatro pessoas em dois cômodos pequenos e um banheiro diminuto e o pai da família continuou com o vai e vem na firma até que, numa madrugada de véspera de Natal, durante uma chuva torrencial, uma parede do barraco caiu sobre sua mãe e seu irmão, com a enxurrada jorrando para dentro do cômodo. O pai teve de bater à porta de seu irado tio para pedir ajuda e Carla decidiu que ela não mais poderia suportar aquela situação por muito tempo. Após terminar seus estudos do segundo grau, a moça mudou-se para capital, onde empregou-se como atendente num hipermercado; morando numa pensão barata no centro da cidade, onde se torna amiga de duas colegas de quarto que descobre serem garotas de programa. Após saberem da atribulada história de vida da moça, as garotas se apiedam e se oferecem para ajudá-la, fazendo-a ver que, com o salário que está recebendo, que é suficiente apenas para pagar seu aluguel, fazer suas pequenas despesas e enviar um pouco de dinheiro pra casa, jamais lhe sobrará grana e sua vida será sempre uma mesmice e seu subemprego não passará de um armadilha: ela estará apenas sobrevivendo, não vivendo, visto que ficará da pensão para o serviço e vice-versa. As moças fazem-lhe uma proposta e Carla, arraigadamente presa em seus princípios religiosos, se assusta com o que lhe oferecido: tornar-se call-girl de uma clientela exclusiva, mas, mesmo assim, preservando sua adorada virgindade. A princípio, a moça recusa, mas, a necessidade exige que ela se dobre às argumentações das colegas e aceite o trabalho que lhe é oferecido, e para o qual ela já tinha adquirido experiência ao tratar com os idosos do Lar dos Velhinhos, com algumas adaptações. E Carla envereda por um novo caminho profissional que poderá, inclusive, permitir-lhe, conservar sua virgindade e, futuramente e. num espaço de tempo não muito distante, abandonar seu subemprego de atendente de hipermercado.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): PAULO CÉZAR PAZ
- ASIN: B09KM7H5BJ
- Idioma: Português
- Tamanho: 1247 KB
- Nº de Páginas: 94
- Categoria: Ação e Aventura
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro CÁTIA: garota carinho, escrito por PAULO CÉZAR PAZ. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.