Caterine e a Quarentena

Viver só é uma característica comum a muitas pessoas em todo o mundo, sobretudo além da meia-idade.
Pode ser uma questão de saúde mental pública, um problema, algo a ser superado.
Pode, todavia, ser diferente.
Caterine é uma mulher que mora sozinha tendo os filhos já crescidos e independentes. Faz pouco tempo que retomou a normalidade de sua vida, apegando-se ao lugar aprazível aonde mora após a perda de seu segundo marido, Antônio, e a grave doença da mãe, superada com sequelas graves. O significado e o sentido que Caterine dá ao estar sozinha no longo tempo que leva para a recuperação emocional plena e o modo de enxergar a vida, muito mais regado com a alegria de seu lindo Antônio, serão determinantes para a forma com que ela enfrentará o período de isolamento recomendado, a necessidade de adequar-se, refazer planos, buscar informações racionais para não se deixar dominar por medo ou pânico e desenvolver recursos para resguardar-se da doença, desfrutando o prazer da própria companhia, ajudada pelas muitas boas memórias de Antônio, pelas ferramentas virtuais que lhe permitem contato com os filhos distantes e por uma enigmática amizade.