Cartas na Mesa

Cartas na Mesa retrata o relacionamento emocionalmente conturbado entre um homem e sua ex-esposa. Regado a bebidas e humor, Cartas na Mesa é um conto com um texto seco, sem parcimônia e sem pudores, que demonstra com simplicidade uma história a qual não se deve esperar uma bela moral ou palavras tão bonitas. Conheça esta excêntrica relação entre August e Amanda.

Sobre o autor, a obra e o universo ao nosso redor.

Há tempos me pego rabiscando coisas, muitas vezes aleatórias e sem sentido. Quase nunca consigo terminar algo. Talvez este conto seja a primeira coisa que eu, efetivamente, consegui finalizar. August e Amanda me trouxeram isto; a satisfação de dever cumprido. Ainda que seja uma história curta e simples, sinto que ali existe algo de mim. Sendo assim, se, de alguma forma, caro leitor, esta narrativa tiver o poder de te despertar algum sentimento sincero, para mim já é o suficiente.
Hoje tenho 26 anos, cheguei a este estranho mundo no célebre ano de 1991 (o ano de uma dúzia dos melhores álbuns de rock n’roll já feitos, pesquisem, podem acreditar!). Nascido e crescido em São Paulo, tenho em mim o amor pela leitura desde a infância. Consequentemente, anos mais tarde, dei os primeiros passos tortos em relação a escrita. Vivi e vivo de fases. Este conto foi escrito há uns 3 anos atrás, portanto, na época em que devorei diversos romances de Bukowski, um ou outro texto de Hemingway e já havia dentro de mim a forte admiração pelo mineiro Fernando Sabino (responsável por me abrir os olhos quanto a alta qualidade de nossa literatura). Portanto, caro leitor, qualquer referência ou inspiração a estes três senhores não é mera coincidência. Acrescento que nada descrito neste relato a seguir tem teor autobiográfico, sendo, em sua essência, uma obra totalmente de ficção.
Ademais, informo que o conto original não possuía epílogo, sendo finalizado no capítulo III, todavia, parece-me interessante concluir de uma maneira mais satisfatória. August, Amanda, você leitor e, até mesmo, eu, merecemos um final melhor. Peço desculpas adiantadas por eventuais quebras de ritmo na narrativa, pois todos mudamos e neste intervalo de três anos eu fui a coisa que conheço que mais mudou. Porém, ainda que tenha mudado, prossigo o mesmo. Desejo uma boa leitura e serenidade para a mente de cada um.

Do mesmo autor:

– Trindade dos sonhos Macabros: Contos de Terror e Suspense