Cartas de Ninguém

Depois de um acidente que levou consigo partes inteiras de sua memória, Lis desperta em uma casa que deveria ser sua, mas que parece pertencer a uma estranha. Cada canto carrega lembranças que ela não reconhece. Cada fotografia parece contar uma história da qual ela não participou. E, ainda assim, tudo nela dói como se tivesse sido vivido. Quando encontra uma caixa escondida no quarto, repleta de cartas assinadas por mãos diferentes — algumas doces, outras desesperadas, algumas carregadas de amor e outras de ruptura — Lis percebe que seu passado não é uma linha reta, mas um emaranhado de sentimentos deixados para trás. Entre páginas silenciosas e vozes de papel, surge um nome repetido como um sussurro: A. Quem escreveu aquelas palavras? Quem ela foi antes de tudo se apagar? Tentando costurar o que resta do que sentia, Lis se vê dividida entre as versões que lhe contam — e as que seu coração insiste em buscar. Cada carta parece aproximá-la de algo que ela perdeu… ou de alguém que talvez ainda a espere. Em Cartas de Ninguém , amor e esquecimento caminham lado a lado. É a história de uma mulher tentando se reencontrar no rastro de saudades que não lembra de ter sentido — e de um passado que insiste em ser ouvido, mesmo que ela já não saiba mais a quem pertence.