Página a página, palavra a palavra, este livro procura investigar as causas da ascensão do ex-presidente Getúlio Vargas ao poder em 1930 até o seu suicídio em 1954. Ele tem como ponto de partida as conquistas trabalhistas, os movimentos sindicais e as canções populares brasileiras. O trabalho analisa as características dos sistemas político, econômico, social e cultural vigentes na década seguinte à Revolução de 1930, o processo de redemocratização que pôs fim à ditadura de Vargas em 1945 e os fatores que levaram à sua morte, em 1954.
Nestas páginas, a canção popular brasileira ocupa papel importante na cena político – econômica e social da sociedade brasileira. Através dela, pode-se identificar quais são as indagações que estavam sendo feitas naquele momento, qual a faceta da história do País que se estava representando.
Há a hipótese de que uma canção pode ser considerada a ponta que representa um aspecto concreto ou simbólico do imaginário coletivo.
Ela pode ainda ser ilustração poética de um amor, expectativa, reivindicação, postura ou preocupações de camadas da população em relação a situações política, econômica e cultural da sociedade.
Neste caso específico, o objeto do livro é a análise do trabalho e das políticas trabalhistas durante a Era Vargas, tendo como corpus as letras das canções populares e suas influências na alteração, na reflexão e na transformação do Estado político e social do Brasil.
Ao pesquisar a canção popular brasileira, mais profundamente a partir do final da década de 20, percebe-se que as letras retratam momentos de muitas mudanças sociais e políticas, reproduzindo as normas culturais vigentes de determinados grupos.
De novembro de 1889 ao início do século XX, verifica-se uma série de transformações, porquanto o País deixava de ser uma monarquia e experimentava uma nova forma de governo: a República. Da espada de Deodoro à inconseqüência de Washington Luís, o Brasil vivia uma República Velha e saboreava as notas e os acordes dos plangentes violões, tímidos e marginalizados, na mistura de negros e brancos, índios e pardos, manifestando-se em letras de canções que se tornariam verdadeiros baluartes das lutas sociais no País.
Nessa mistura de política e música, a Era Vargas (1930/1954) lapidara um Estado Nacional que conquistou e contou com a participação da massa de trabalhadores na tarefa de promover o desenvolvimento econômico da nação. O trabalhismo foi insistentemente ressaltado nos discursos oficiais, mas não só ali. Atingiu também as manifestações populares, e no início da década de 40 vários sambas e marchas carnavalescas referiam-se ao trabalho de uma maneira positiva. Fato que não aconteceu anteriormente à Era Vargas, e logo após a queda da ditadura do Estado Novo (1937/1945) a “malandragem” voltou a ser tema de composições populares.
O rádio e o carnaval seriam os instrumentos utilizados pelo governo na difusão de suas idéias e ideais – nação, nacionalismo, nacional, pátria, patriotismo, civismo foram termos utilizados insistentemente. Em seu retorno ao poder na década de 50, Vargas tinha conseguido o seu intuito de construir a Nação e a nacionalidade brasileiras, intensamente retratadas nas várias canções populares da época.
Não se procurou neste livro retratar as influências dos ídolos nacionais, fossem eles políticos ou artistas, e muito menos trazer conclusões definitivas para a temática do trabalho. Buscou-se fomentar e embasar discussões sobre o culto ou não ao trabalho representado nas canções populares, objetivando a pesquisa das letras de compositores consagrados, e ressaltando o que elas dizem literalmente.
Para a execução deste trabalho foram pesquisadas diversas letras de canções populares produzidas a partir da década de 30, que são o marco inicial desta apresentação, iniciando-se então o relato do movimento no cenário musical brasileiro denominado “Velha Guarda” ou “Era do Rádio”.
Nestas páginas, a canção popular brasileira ocupa papel importante na cena político – econômica e social da sociedade brasileira. Através dela, pode-se identificar quais são as indagações que estavam sendo feitas naquele momento, qual a faceta da história do País que se estava representando.
Há a hipótese de que uma canção pode ser considerada a ponta que representa um aspecto concreto ou simbólico do imaginário coletivo.
Ela pode ainda ser ilustração poética de um amor, expectativa, reivindicação, postura ou preocupações de camadas da população em relação a situações política, econômica e cultural da sociedade.
Neste caso específico, o objeto do livro é a análise do trabalho e das políticas trabalhistas durante a Era Vargas, tendo como corpus as letras das canções populares e suas influências na alteração, na reflexão e na transformação do Estado político e social do Brasil.
Ao pesquisar a canção popular brasileira, mais profundamente a partir do final da década de 20, percebe-se que as letras retratam momentos de muitas mudanças sociais e políticas, reproduzindo as normas culturais vigentes de determinados grupos.
De novembro de 1889 ao início do século XX, verifica-se uma série de transformações, porquanto o País deixava de ser uma monarquia e experimentava uma nova forma de governo: a República. Da espada de Deodoro à inconseqüência de Washington Luís, o Brasil vivia uma República Velha e saboreava as notas e os acordes dos plangentes violões, tímidos e marginalizados, na mistura de negros e brancos, índios e pardos, manifestando-se em letras de canções que se tornariam verdadeiros baluartes das lutas sociais no País.
Nessa mistura de política e música, a Era Vargas (1930/1954) lapidara um Estado Nacional que conquistou e contou com a participação da massa de trabalhadores na tarefa de promover o desenvolvimento econômico da nação. O trabalhismo foi insistentemente ressaltado nos discursos oficiais, mas não só ali. Atingiu também as manifestações populares, e no início da década de 40 vários sambas e marchas carnavalescas referiam-se ao trabalho de uma maneira positiva. Fato que não aconteceu anteriormente à Era Vargas, e logo após a queda da ditadura do Estado Novo (1937/1945) a “malandragem” voltou a ser tema de composições populares.
O rádio e o carnaval seriam os instrumentos utilizados pelo governo na difusão de suas idéias e ideais – nação, nacionalismo, nacional, pátria, patriotismo, civismo foram termos utilizados insistentemente. Em seu retorno ao poder na década de 50, Vargas tinha conseguido o seu intuito de construir a Nação e a nacionalidade brasileiras, intensamente retratadas nas várias canções populares da época.
Não se procurou neste livro retratar as influências dos ídolos nacionais, fossem eles políticos ou artistas, e muito menos trazer conclusões definitivas para a temática do trabalho. Buscou-se fomentar e embasar discussões sobre o culto ou não ao trabalho representado nas canções populares, objetivando a pesquisa das letras de compositores consagrados, e ressaltando o que elas dizem literalmente.
Para a execução deste trabalho foram pesquisadas diversas letras de canções populares produzidas a partir da década de 30, que são o marco inicial desta apresentação, iniciando-se então o relato do movimento no cenário musical brasileiro denominado “Velha Guarda” ou “Era do Rádio”.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): WAGNER MORAIS
- ISBN-10: 8579810922
- ISBN-13: 978-8579810923
- ASIN: B00MP3UK8C
- Editora: GLOBUSEDITORA E LIVRARIA
- Idioma: Português
- Tamanho: 1957 KB
- Nº de Páginas: 195
- Categoria: Arte, Cinema e Fotografia
Amostra Grátis do Livro
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