Cães Velhos em Pedra Fria: Uma fantasia sobre a dor humana

“Quando se é jovem você acha possuir o poder de ser qualquer coisa, conforme os anos vão
passando você entende que qualquer coisa é o máximo onde se pode chegar sem, no entanto,
possuir poder algum.”

Um homem em estado terminal rememora sua vida cheia de mágoas e dores. Impossibilitado de
fugir da prisão hospitalar, da prisão de seu corpo e porque não dizer de seu passado, passa os dias
que lhe restam submerso em completa agonia e a espera da morte. Quando estranhas maçãs
aparecem ao lado de sua cama, um horroroso, mas, ao mesmo tempo bendito sopro de vida
desperta-o para uma realidade que não imaginava existir. O desconhecido e o fantástico acabam
descortinando um mundo que negava. Nesta história a filosofia, o suspense e a fantasia se mesclam e
subvertem o tempo e o espaço. No mundo deste velho ranzinza e pensador tudo pode convergir para
si como pesadelo e loucura.
Em sua mente fragmentada nosso ancião, mesmo contra todas as bençãos e maldições, nos convida
a segui-lo e tentar entendê-lo. Sim, tudo que lhe resta é o desejo não pronunciado de ser ouvido, e
quem sabe, amado.