Breve História da Igreja Antiga: Dos Primórdios ao Fim do Império Romano no Ocidente

Por Eduardo Chaves
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Este volume cobre a História da Igreja Antiga que vai desde os primórdios do Cristianismo até a Queda do Império Romano no Ocidente (476 aD).

Foi no período coberto por este volume que o Cristianismo surgiu e evoluiu, de uma pequena e modesta seita judaica, na Palestina, para a religião oficial do Império Romano, cobrindo todo o território desse imenso império, no Ocidente e no Oriente. Foi nesse período, também, que a Igreja Cristã, em especial no quarto e quinto séculos, inicialmente como Igreja apoiada pelo Império, depois como Igreja Oficial do Império, definiu, através dos seus quatro primeiros Concílios Ecumênicos, os pilares básicos de uma teologia que se tornou a doutrina oficial do Cristianismo – a chamada Ortodoxia.

A questão da gradual definição da Ortodoxia e da condenação de determinadas posições doutrinárias como Heresias, ocupa boa parte da discussão do livro.

A visão tradicional tem sido a de que a igreja apostólica, a despeito de alguma tensão entre a doutrina da justificação defendida nas principais epístolas paulinas e aquela defendida por Tiago, era unificada em sua postura doutrinária, que representaria a opinião consensual dos apóstolos, que, por sua vez, a haviam recebido do próprio Jesus. Uma ortodoxia primitiva (admitidamente não tão completa e detalhada quanto a que veio surgir no século quarto e quinto, com os Concílios Ecumênicos) teve, assim, precedência sobre as heresias, que foram surgindo à medida que “falsos mestres” e “falsos profetas” começaram a se desviar da unidade doutrinária e a defender doutrinas que, conforme se alegava, não tinham respaldo no ensinamento dos apóstolos.

No século 20, em grande medida com base no trabalho dos historiadores da doutrina do século 19, surgiu uma tese, defendida principalmente por Walter Bauer, teólogo e historiador alemão, de que o Cristianismo Primitivo, mesmo no período apostólico, já era caracterizado por grande diversidade de opinião – e, por conseguinte, de doutrina. Havia divergência entre os apóstolos e entre o grupo dos apóstolos e “falsos mestres e profetas”. A diversidade, segundo essa tese, teve precedência sobre a unidade (representada pela ortodoxia). A ortodoxia custou a surgir, havendo sérias divergências principalmente entre os cristãos orientais, que falavam grego, e os cristãos ocidentais, que falavam latim, e tinham uma visão mais prática das coisas.

As divergências poderiam ter continuado indefinidamente, não fosse o fato de que o Imperador Constantino não só se tornou cristão como declarou o Cristianismo uma religião lícita no Império – lícita e favorecida por ele, com toda a sua autoridade e com o dinheiro do Império que ele não hesitou em empregar em favor do Cristianismo. Mas uma coisa o incomodou: as divergências doutrinárias, em geral agrupadas geograficamente, que geravam mal estar entre as diversas regiões do Império e poderiam contribuir para a desunião do Império – que seria um desastre político! Assim Constantino resolveu chamar a si a resolução do problema e convocou o primeiro Concílio Ecumênico, que ele custeou com dinheiro do Império e que ele próprio presidiu, para que no concílio fossem definitivamente resolvidas as divergências acerca da natureza de Jesus. Jesus era humano ou era divino? Ou será que poderia ser as duas coisas? O Concílio de Nicéia, em 325, foi levado pelo Imperador a chegar a uma decisão, ainda que tenha sido necessário substituir alguns participantes, constranger outros, seduzir ainda outros de maneiras que apenas um alto governante consegue fazer… Foi assim que se chegou a uma Ortodoxia: não pelo consenso, mas pela força, que alienou aqueles que defendiam posições minoritárias, os colocou fora da igreja, e, até mesmo, os expulsou para fora dos limites do Império.

Mas mesmo com as decisões conciliares, as heresias, condenadas e anatematizadas, não desapareceram – e boa parte delas permanece até hoje em algumas regiões do mundo. Essa questão ocupa a maior parte do livro.

Características do eBook

Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:

  • Autor(a): Eduardo Chaves
  • Tamanho: 1902 KB
  • Nº de Páginas: 158

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