Bagagens

Um tempo após a morte da avó, Theodora percebe que não havia sobrado muito da mulher que a criou. Apenas algumas memórias e aventuras que dona Lúcia, melhor amiga de vó Linda, costumava contar era o que tinha restado da pessoa que Theodora mais amava. Com esse pensamento e a vontade de amenizar a dor, ela decide iniciar um projeto: sair às ruas da pequena cidade em que mora e gravar a história de desconhecidos que aceitem compartilhar algum relato com ela.
Theodora não tem uma estrutura familiar muito comum, pois não conhece o pai e tem pouco contato com a mãe, mas, com a ajuda de dona Lúcia e seu melhor amigo Flávio, ela vai lutar para enfrentar a timidez e vencer suas batalhas. Ela só parece ter se esquecido de um detalhe: pessoas têm bagagens, não aquelas que arrastamos por rodoviárias, mas as que nos acompanham nas mais variadas ocasiões. Aquelas das quais não conseguimos nos livrar, nem com muito esforço. Bagagens moldam quem somos, são lembranças e histórias. Mas o que acontece quando bagagens colidem entre si?