As Aventuras do Galo Cantor Pop da Bahia
Por Tasso Franco
Este livro é uma narrativa de ficção. Alguns cenários, no entanto, são reais: a cidade do Salvador da Bahia, os morros Ipiranga e do Cristo, o Alto das Pombas, a Roça da Sabina, a vendedora de cocos, os personagens homens e mulheres e o próprio galo.
Acompanhei o salvamento de Bingo, nome real dado pela vendedora ao animal, e os cuidados que ela tinha com ele em sua recuperação. O galo, de fato, tornou-se uma atração para os seus clientes por sua simpatia e pelo carinho que devotava à sua protetora.
No mais, tudo é ficção. Mas não é a primeira vez (nem será a última) que um galo canta músicas e outros bichos dialogam entre si.
Na literatura isso é comum, no teatro, no cinema e em outros campos artísticos os animais sendo vistos a encarnação dos homens. O geneticista inglês Adam Rutherford, autor de “O Livro dos Humanos – a história de como nos tornamos quem somos” diz que não gosta de distinguir o homem de outros animais. É uma boa tese.
Criei a história inspirando-me em Salvador que é uma cidade musical, uma das capitais mais musicias do país, desde a época de Dorival Caymmi e do surgimento dos novos baianos com Moraes Moreira e a Cor do Som, da turma do quarteto Gil, Caetano, Bethânia e Gal Costa, e dos movimentos musiciais mais recentes a axé, o pagode, a lambada e o hip-hop.
Bingo se inseriu nesse contexto no comparativo homem/bicho dando contornos aquela amizade do animal por sua protetora, alcando-o à condição de intérprete da MPB e dos seus astros populares como Waldick Soriano, Caetano Veloso, Benito de Paula e outros.
Aos poucos a história foi brotando de minha cabeça por capítulos num total de dez com textos sintéticos e em linguagem bem fácil de ser entendida pelos leitores. Para ambientar esse tempero baiano utilizei algumas pessoas que fazem cooper comigo com nomes fictícios neste trecho do calçadão da Barra onde fica a tenda da vendedora de cocos e, a medida que observava o galo ciscando no alto da campina, torneio-o um cantor de fama nesse mesmo roteiro onde passam os trios elétricos durante o Carnaval com artistas famosos, cantores de multidões.
Usei um meio de comunicação a TV para torná-lo conhecido e famoso e amparei-o numa estrutura profissional de produção artística mostrando um pouco dessa realidade na Bahia, a disputa entre os produtores, a fama e fuga dos cantores baianos que ficam famosos e vão embora para o Rio de Janeiro e SP. Daí, coloquei o galo numa carreira internacional o que não deu certo dado o seu ranço em se manter fiel as raízes baianas com Waldick Soriano.
Um protótipo do que acontece na real, em Salvador, de muitos artistas que tentam uma trajetória internacional e não conseguem, em parte, por falta de talento e organização empresarial; em outra parte por impedimento da língua portuguesa, pouco falada no mundo.
Para apimentar o fecho da história promovi o sequestro do galo, o resgate com pagamento milionário e o trauma que passou após essa situação ficando mudo. Entram três elementos também comuns no Brasil, os sequestros de pessoas com pagamento de resgates, os traumas e depressões que se seguem após esses episódios, e a volta dos que não foram. Ou seja, o galo acabou numa panela do serviço de caruru para São Cosme e Damião, festa muito popular na Bahia e todos retornando à vida normal.
Dona Flor da Manhã vendendo seus cocos, doutor Vence atuando na sua clínia, doutor Bonfim na sua tenda de advocacia e eu escrevendo meus textos, cada qual no seu cada qual.
Sobrou mesmo foi para o galo que teve uma trajetória de glória e virou guisado, o que mostra, exemplo para muitos que se acham famosos na Bahia ambientados no mundo da música que é preciso ter cautela quando se chega a pavão para não virar espanador.
Acompanhei o salvamento de Bingo, nome real dado pela vendedora ao animal, e os cuidados que ela tinha com ele em sua recuperação. O galo, de fato, tornou-se uma atração para os seus clientes por sua simpatia e pelo carinho que devotava à sua protetora.
No mais, tudo é ficção. Mas não é a primeira vez (nem será a última) que um galo canta músicas e outros bichos dialogam entre si.
Na literatura isso é comum, no teatro, no cinema e em outros campos artísticos os animais sendo vistos a encarnação dos homens. O geneticista inglês Adam Rutherford, autor de “O Livro dos Humanos – a história de como nos tornamos quem somos” diz que não gosta de distinguir o homem de outros animais. É uma boa tese.
Criei a história inspirando-me em Salvador que é uma cidade musical, uma das capitais mais musicias do país, desde a época de Dorival Caymmi e do surgimento dos novos baianos com Moraes Moreira e a Cor do Som, da turma do quarteto Gil, Caetano, Bethânia e Gal Costa, e dos movimentos musiciais mais recentes a axé, o pagode, a lambada e o hip-hop.
Bingo se inseriu nesse contexto no comparativo homem/bicho dando contornos aquela amizade do animal por sua protetora, alcando-o à condição de intérprete da MPB e dos seus astros populares como Waldick Soriano, Caetano Veloso, Benito de Paula e outros.
Aos poucos a história foi brotando de minha cabeça por capítulos num total de dez com textos sintéticos e em linguagem bem fácil de ser entendida pelos leitores. Para ambientar esse tempero baiano utilizei algumas pessoas que fazem cooper comigo com nomes fictícios neste trecho do calçadão da Barra onde fica a tenda da vendedora de cocos e, a medida que observava o galo ciscando no alto da campina, torneio-o um cantor de fama nesse mesmo roteiro onde passam os trios elétricos durante o Carnaval com artistas famosos, cantores de multidões.
Usei um meio de comunicação a TV para torná-lo conhecido e famoso e amparei-o numa estrutura profissional de produção artística mostrando um pouco dessa realidade na Bahia, a disputa entre os produtores, a fama e fuga dos cantores baianos que ficam famosos e vão embora para o Rio de Janeiro e SP. Daí, coloquei o galo numa carreira internacional o que não deu certo dado o seu ranço em se manter fiel as raízes baianas com Waldick Soriano.
Um protótipo do que acontece na real, em Salvador, de muitos artistas que tentam uma trajetória internacional e não conseguem, em parte, por falta de talento e organização empresarial; em outra parte por impedimento da língua portuguesa, pouco falada no mundo.
Para apimentar o fecho da história promovi o sequestro do galo, o resgate com pagamento milionário e o trauma que passou após essa situação ficando mudo. Entram três elementos também comuns no Brasil, os sequestros de pessoas com pagamento de resgates, os traumas e depressões que se seguem após esses episódios, e a volta dos que não foram. Ou seja, o galo acabou numa panela do serviço de caruru para São Cosme e Damião, festa muito popular na Bahia e todos retornando à vida normal.
Dona Flor da Manhã vendendo seus cocos, doutor Vence atuando na sua clínia, doutor Bonfim na sua tenda de advocacia e eu escrevendo meus textos, cada qual no seu cada qual.
Sobrou mesmo foi para o galo que teve uma trajetória de glória e virou guisado, o que mostra, exemplo para muitos que se acham famosos na Bahia ambientados no mundo da música que é preciso ter cautela quando se chega a pavão para não virar espanador.
Tasso Franco
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Tasso Franco
- ASIN: B085KGNQGV
- Idioma: Português
- Tamanho: 1557 KB
- Nº de Páginas: 40
- Categoria: Ação e Aventura
Amostra Grátis do Livro
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