Angola, 1996 – 1998 Vi-vendo em uma missao de paz da ONU: Acordos de paz como armas de guerra

Por Antonio Silva Trombin
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A história de Angola desde os primeiros dias de sua ocupação em 1482 até o fim da guerra civil em fevereiro de 2002 é digno de um filme de Hollywood, uma série de televisão e de um documentário. Nos tempos atuais, se pode dizer sem deixar qualquer dúvida que nenhum outro país tenha mobilizado agendas militares e políticas tão intensamente como esse país localizado na África Austral. Vi-vendo em uma missão de paz tem o duplo significado para mostrar uma realidade que foi vista e vivida por quem escreve essa narrativa. Essa expressão nasce da circunstância onde as vezes a vida nos coloca na posição de comando e decisão. Ver e viver na missão de paz da ONU em Angola é fazer parte da história individual e coletiva de pessoas, de um país, de um continente e do mundo. É um constante confronto entre os próprios interesses com os interesses das pessoas ao redor e em várias empresas e governos de vários países que ignoraram as sanções do Conselho de Segurança da ONU e cuja hipocrisia em fazer em privado o que eles diziam condenar publicamente consolidavam os acordos de paz como armas de guerra. É um ambiente onde a cada minuto para o bem ou para o mal se criam verdades e mentiras como parte de um jogo de seleção natural que coroa o sucesso ou condena ao fracasso de quem está no comando. Vi-ver em uma missão de paz é transformar a realidade de descobrir-se como idiota útil. É estar blindado contra as intimidações e ameaças latentes e manifestas para manter sua decisão que por força das circunstancias vai desagradar algum grupo de interesse. Os perigos a que se está exposto são vários. Vão desde os feitos pelo ser humano como minas unipessoais, minas antitanques, emboscadas, acidentes, execuções até os naturais como malária e outras enfermidades além das picaduras por animais peçonhentos. Vi-ver em uma missão de paz é saber que acordos são armas e essa descoberta desmonta a proteção que a ingenuidade impede ver que as boas intenções existiram somente para quem quis acreditar que todo mundo está bem-intencionado. Com esse pano de fundo esse livro relata as alegrias e desafios diários de uma missão de paz vividos e sentidos por quem o escreve e por todas as pessoas que fazem parte desse momento da história. Considerando a crescente quantidade de conflitos nacionais e de caráter internacional e com a experiencia de quem viveu em carne própria essa situação em Angola este livro é um alerta para todos de que acordos de paz, armistícios e tréguas podem ser usados como armas de guerra. A realidade dos processos de paz mostra que há uma tendência, intencional ou não, de ignorar que cada um dos protagonistas pode fazer um uso diferente de um acordo de paz que nem sempre será o que o acordo estabelece como prioridade. E isso faz com que uma das coisas mais difíceis de lidar em uma missão de paz seja a má vontade das pessoas. E nesse contexto Jonas Savimbi é um exemplo clássico ao usar todos os acordos de paz como uma boia salva vidas para ganhar tempo, recompor sua milícia armada e regressar a guerra para conquistar o poder pela força. No que diz respeito a realizar um processo de paz todo o desejo de estabelecer melhores condições de vida cria uma neblina que impede ver que a paz pode ser usada como uma arma de guerra. O histórico de acordos de paz em Angola evidência uma dupla perspectiva que cai sobre estes processos que impõe a seguinte disjuntiva: alcançar a paz supõe a posta em pratica dos acordos assinados, porem essa posta em pratica depende diretamente do compromisso e das boas intenções de cada signatário. Na prática, é predominante o costume de considerar apenas a assinatura dos acordos como uma expressão de compromisso e boa vontade evitando conjeturar ou estar prevenido a possíveis intenções ou interesses das partes envolvidas que, no caso de Angola, mostrou que o argumento da paz serviu para a UNITA esconder o caráter belicista de suas intenções. Veja nas páginas deste livro como tudo começou e como terminou. Boa leitura.

Características do eBook

Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:

  • Autor(a): Antonio Silva Trombin
  • Tamanho: 5858 KB
  • Nº de Páginas: 678
  • Editora: Antonio A Silva Trombin
  • Categoria: História

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