AMOR PROIBIDO E INCESTUOSO

Eis-me aqui, sem outro ornato ou qualquer artifício literário, para escrever uma letra sobre este romance escrito por Miguel Baptista. Uma letra que pode desdobrar-se em frase, parágrafo e, finalmente, numa página, que sem sombra de dúvidas, pela sua limitação quantitativa, pode ser, inevitavelmente, injusto ao autor e aos leitores. Por isso, sensibilidade e o rigor com que escrevo resultam do contacto que tive com a obra e com o autor da mesma. Sei, estimados leitor, que você pode não ser um sacerdote, pastor ou mesmo um advinha. Porém, digo-lhe, em título de confissão, que já tive contacto com vários textos produzidos por Miguel Baptista. Mas neste, o amor proibido e incestuoso, devido sua originalidade, vi todas as minhas sugestões a esvair pelo estilo com que o autor expos o romance. Poderemos notar uma concatenação sem igual, repleta de desconhecido e inesperado. Deste modo, em apenas cinco capítulos podereis degustar um romance com tom de suspense, onde os personagens naufragam numa mistura de amor e indiferença, de ódio e um sentimento que procura colmatar as feridas que a vida traz durante algumas circunstâncias. Aliás, o romance coloca em destaque Vanu. Um jovem apaixonado, em primeira instância, por Alícia com a qual teve uma filha. Toda via, Vanu separa-se de ambas e lança-se numa aventura de paixões, uma aventura perigosa que o conduziu até a um amor proibido. Importa referir, embora seja evidente, que se tratando de uma literatura angolana podereis encontrar expressões típicas de Angola. Por isso, não é lícito afirmarmos que o texto não teve nenhuma influência, embora o autor conserve a sua originalidade. Desta feita, lhe convido a perfilhar o romance para traçar o verdadeiro sentido da figura paternal. Espero que tenham óptima leitura, que esta obra vos ajude na construção de uma veracidade psicológica e cultural.