Almas ao longe

Mariana, amiga de Clarisse, conta que levou seu filhinho de pouco mais de um ano de idade a um médium, o qual, após examiná-lo em silêncio, lhe disse que não via nenhum espírito nele. Era como um ser sem alma. Então, Mariana começa a chorar e conversa com a amiga:
— Clarisse, o que quer dizer isso?
— Mariana, eu não sei. Não sou iniciada nesses assuntos não. Sou católica, mas respeito, mesmo não entendendo e não me envolvendo nisso.
— Será que Deus está nos castigando de uma maneira diferente? Estamos agora parindo animaizinhos em forma de gente? Ou gente sem alma?
— Amiga! Não se deixe abater por qualquer interpretação, venha de onde vier. Já li e ouvi um monte de absurdos sobre isso e eles entram por um ouvido e saem pelo outro.
— Mas você tem esse doce de menininha que é a Clara. E eu? Só tenho o Fernandinho, e só Deus sabe o trabalho que tive para engravidar.
— Mariana! Temos uma infinidade de mães que estão com esse problema. Vamos compensar isso com muito amor e dedicação. Não se deixe abater.