Ahetu: Vozes Desprendidas

Neste forçoso processo de mudança social inclusiva, AHETU: Vozes Desprendidas é uma arma. Entre os contos, munições de vários tipos. Por exemplo: em Boa Sorte, Dieji!, deparamo-nos com a coragem como meio de defesa e subsistência contra os efeitos dos padrões sociais claramente limitantes e lesivos para seres humanos do sexo feminino. (…) Na Manhã Seguinte é um conto que aborda um assunto calado em muitas sociedades, mas que vigorosamente afecta as mulheres—a liberdade, mais especificamente, a liberdade sexual. Dentre outras coisas, este conto nos serve audácia e sugere uma doze de resistência. Mais Filhos Pelos Filhos Já Temos é, infelizmente, outro retrato válido de uma porção civil todavia marginalizada. Este livro, nas linhas dos contos supracitados, e outros, dá sequência a conversas iniciadas, em verdade, há muito: no conforto das nossas casas, na solidão dos nossos becos, na segurança dos bancos das pobres escolas onde vamos, até na utópica bravura das nossas próprias mentes. Este é deveras um movimento de reflexão e luta — é um começo!

Não espere respostas neste livro. Este não é um manual de instruções; não é mais uma mera receita—uma fórmula terminante que expõe os ingredientes e modos de agir contra os diversos problemas que enfrentamos como sociedade. Esta obra não é fim, pelo contrário, é outro começo. É um movimento de reflexão e luta. Esta obra em prosa é uma oportunidade para fazer convergir políticas, interesses, vivências, sonhos, e mais…é um caminho que, esperançosamente, estimulará momentos mais favoráveis. AHETU: Vozes Desprendidas é o primeiro volume da Colecção Ahetu—essa que é uma colecção autoral criada para abordar, como o título sugere, a mulher.