A Zona Rural do Município do Rio de Janeiro: As tentativas de construção e configuração de um território (1812–1945)
Por Leonardo Soares dos Santos A formulação de políticas de saneamento rural surge no horizonte como solução pensada para o problema da insalubridade reinante na região. É nesse momento que saneamento e a constituição de um “cinturão verde” passam a ser articulados. Um componente reforçando o outro.
É nesse momento então que o Cinturão Verde – encarado quase como um termo sinônimo de Zona Rural – passa a ser alvo de outro objetivo: prover a demanda da população urbana do então Distrito Federal por alimentos, especialmente os hortifrutigranjeiros.
Tal demanda era mais um motivo para convencer os poderes públicos da necessidade de preservação da zona rural. Iniciativas que vinham sendo tomadas desde os anos 20 pareciam atestar que tal noção estaria bem consolida: governos federal e municipal realizavam importantes melhoramentos na região que apontavam para uma política visando o fomento do cinturão verde da cidade. Podemos destacar a criação das escolas rurais, a inauguração da Fazenda Modelo de Guaratiba, isenções de impostos para pequenos lavradores. A própria obra de saneamento das baixadas de Sepetiba e Jacarepaguá nos anos 30 tinham o objetivo de ganhar terras insalubres para os misteres agrícolas.
Contudo, a zona rural também era pensada não apenas para fins agrícolas. No caso do Rio de Janeiro, os planos para o aproveitamento agrícola da região sempre caminharam junto a planos que reservavam a expansão de atividades urbanas para a mesma região. E novamente as obras de saneamento do governo federal se apresentariam como exemplo emblemático: os terrenos ganhos para a agricultura também eram excelentes para a implantação de loteamentos urbanos.
Tal expansão urbana passaria a colocar em risco a própria existência da zona rural da cidade. Expansão esta que se apoiaria na grilagem de terras, concorrendo para entre outras coisas, a expulsão das famílias de pequenos lavradores de suas terras. Tal processo evidenciou que, se era preciso fomentar a agricultura para abastecer o Distrito Federal, era necessário também estabelecer uma política que assegurasse a posse da terra aos seus pequenos lavradores.
É nesse momento então que o Cinturão Verde – encarado quase como um termo sinônimo de Zona Rural – passa a ser alvo de outro objetivo: prover a demanda da população urbana do então Distrito Federal por alimentos, especialmente os hortifrutigranjeiros.
Tal demanda era mais um motivo para convencer os poderes públicos da necessidade de preservação da zona rural. Iniciativas que vinham sendo tomadas desde os anos 20 pareciam atestar que tal noção estaria bem consolida: governos federal e municipal realizavam importantes melhoramentos na região que apontavam para uma política visando o fomento do cinturão verde da cidade. Podemos destacar a criação das escolas rurais, a inauguração da Fazenda Modelo de Guaratiba, isenções de impostos para pequenos lavradores. A própria obra de saneamento das baixadas de Sepetiba e Jacarepaguá nos anos 30 tinham o objetivo de ganhar terras insalubres para os misteres agrícolas.
Contudo, a zona rural também era pensada não apenas para fins agrícolas. No caso do Rio de Janeiro, os planos para o aproveitamento agrícola da região sempre caminharam junto a planos que reservavam a expansão de atividades urbanas para a mesma região. E novamente as obras de saneamento do governo federal se apresentariam como exemplo emblemático: os terrenos ganhos para a agricultura também eram excelentes para a implantação de loteamentos urbanos.
Tal expansão urbana passaria a colocar em risco a própria existência da zona rural da cidade. Expansão esta que se apoiaria na grilagem de terras, concorrendo para entre outras coisas, a expulsão das famílias de pequenos lavradores de suas terras. Tal processo evidenciou que, se era preciso fomentar a agricultura para abastecer o Distrito Federal, era necessário também estabelecer uma política que assegurasse a posse da terra aos seus pequenos lavradores.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Leonardo Soares dos Santos
- ASIN: B08MCYZJ41
- Editora: Leonardo Soares dos Santos
- Idioma: Português
- Tamanho: 3398 KB
- Nº de Páginas: 290
- Categoria: História
Amostra Grátis do Livro
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