A Senhora do Palácio Central: Parte I

Tomas, Tina, Sophia, Daniel, Igor, Rubens, Seu Gilmar, Laís, Larissa, Charles e Noel. Todos mortos! Terrivelmente e pateticamente obliterados. Onze vítimas do eterno devir, por demais imprevisível em toda sua indiferença brutal e fria.
Porém, distintamente do que todos acreditavam, não havia céu, nem inferno. E nem o eterno sono que muitos esperam. Apenas um macabro recomeço. Uma terrível surpresa.
Recepcionadas pelo torto e monstruoso Anfitrião, com seu terno amarelo sobre um corpo que muito dificilmente supor-se-ia humano. As vítimas são sumariamente incumbidas a matar a temida Senhora do Palácio Central. E veem-se encerradas em um ambiente hostil, surreal, aterrador e tão misterioso quanto aberrante e macabro em suas possivelmente infinitas facetas.
Confusos, coagidos e temerosos, são obrigados a vagar pelos interiores de gigantescas construções, moradas das mais monstruosas criaturas e perturbadores fenômenos. Coletando peças em busca de compreensão e sobrevivência.
Antagonizados por suas próprias deficiências pessoais e sociais enquanto ser e conjunto. Peregrinos em um “jogo” sangrento, errantes de tortuosos, escuros e irregulares corredores, onde tudo o que menos desejam a cada vez que o fazem, não por opção, é adentrar nos pesadelos contidos além de cada pitoresca porta. Enfrentarão os mais terríveis desfortúnios e aberrações dos Grandes Palácios, rumo ao desconhecido, rumo à Origem, em busca do Palácio Central e sua terrível Senhora.