A SEGREGAÇÃO DA VIOLÊNCIA SIMBÓLICA: Um Encontro da Psicanálise e da Psicologia Social

Apresentação
Ainda que a psicologia comunitária tenha abrangência no social e a psicanálise na singularidade do sujeito, esse livro tem o interesse específico.
Que é analisar a possível intersecção da psicanálise e da psicologia comunitária, no que diz respeito à violência simbólica no contexto comunitário, e suas conseqüentes seqüelas sociais.
Mas o que é violência simbólica?
A violência simbólica não que agride diretamente os sujeitos comunitários quer por agressões físicas ou verbais.
É a violência que advém da escassez ou pela falta de acessibilidade, levando famílias inteiras à segregação social, vivendo em condições subumanas.
Mas existe um outra pergunta intrigante: será que a violência simbólica que é uma violência velada da qual se origina todas as demais manifestações violências?
Através dessa questão buscou-se a partir autores e textos da psicologia comunitária e da psicanálise respostas que possam elucidar os entraves da violência simbólica.
Os temas são relacionados às categorias ou elementos que estão a serviço da violência simbólica nas áreas da educação, sociologia, psicologia social, psicologia comunitária e da psicanálise.
Utilizaram-se autores que abordam aspectos que permeiam o tema proposto, possibilitando a interlocução dos assuntos levantados.
Para começar a discussão analisa-se o texto do pensador francês Pierre Bourdieu (1975) sobre a violência na educação.
É o primeiro autor que estudou o conceito de violência simbólica, descrevendo o processo pelo qual a classe que domina economicamente impõe sua cultura ao dominados.
Depois numa visão mais sociológica, Zaluar (1999) se discute a violência no Brasil pelo excesso de poder. Faz a diferença entre a violência física que oprime pelo excesso da força corporal ou armada.
A violência simbólica que se caracteriza pela exclusão social e é dominada pela linguagem, podendo as palavras negar, oprimir ou destruir psicologicamente o outro.
A partir de Santos (2002) que tem uma perspectiva da psicologia social da violência, verifica-se a configuração da violência como uma questão social mundial, sendo disseminada e dramatizada pelos meios de comunicação em escala global.
Ao se debater sobre os processos de segregação apontados no texto O Mal Estar na Civilização (1930) e o Futuro de Uma Ilusão (1927) descobre-se que os dois textos estão relacionados.
Segundo Freud, a alguns problemas que as pessoas apresentam em relação à avaliação da realidade.
Por fim, discorre-se numa visão mais contemporânea da psicanálise, numa releitura de Lacan (1976),
Em que se compreende que a sociedade apresenta os processos de segregação incorporados ao seu próprio sistema, situando a segregação como uma consequência estrutural do laço coletivo.
Professora Phd do Instituto de Psicologia na UERJ Regina Glória Nunes de Andrade.
O autor
Paulo Arthur Buchvitz é casado com Neize, e pai de Lucas. Nasceu em Presidente Venceslau no interior de São Paulo em 1958. Mora em Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro. Psicólogo pela Universidade Metodista de São Paulo. Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Mestre em Psicologia Educacional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutor em Educação e Psicanálise pela Universidade de São Paulo. Pós-doutor em Psicologia Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. E, autor de Sublimação da Sexualidade Infantil; Inteligência Sexual: A Sexualidade Sublimada na Aprendizagem; A Batalha de Tronos: Os Vencedores do Apocalipse, livro 1; A Batalha de Tronos: O Novo Rumo da História, livro 2; Pedagogia da Linguagem Significante: Saberes de Jacques Lacan; Teologia da Linguagem em Gênesis: A Imagem de Deus na História e na Criação; Psicanálise Infantil: O Desejo de Saber da Criança; Discurso do Mestre na Política; O Saber da Linguagem Significante: Em Jacques Lacan; Psicologia Social: A Segregação da Violência Simbólica; e, Peça de Teatro: O Divã de Todos Nós.