A Santiago – pedalar, caminhar, peregrinos e turistas

O caminho é uma promessa de:
– paisagens fantásticas.
– intercâmbio cultural com pessoas do mundo inteiro que se juntam para fazer este caminho.
– lindissimas povoações de Espanha com as suas casas tipicas, as igrejas, as catedrais, as pontes…
– A língua – pelo menos não se fala português.
– O superar das dificuldades.

Mas não se deixem iludir, tudo isto tem um preço:
– as bolhas nos pés.
– as noites mal dormidas pelos motivos mais diversos: os roncadores, as camas de baixa qualidade, o dormir no chão por já não haverem mais camas livres.
– os furos na bicicleta, a fome, a sede, as dores, as constipações, a chuva, as molhas, o suor, o pó, as quedas, os pés molhados no atravessar dos riachos, o frio de enregelar pela manhã, o calor pela tarde, a desidratação, o cansaço físico, a monotonia das paisagens, a fraca sinalização do caminho, o constante abrir e fechar de portões…
– a possibilidade de se perderem.
– os sustos com os animais: os cães raivosos, os touros que nos aparecem no caminho.

O juntar de todos estes factores irá certamente fazê-lo desligar da realidade durante uns tempos.
E, se tudo correr bem, quando chegar a Santiago irá começar a ansiar pela próxima vez.