O cenário é o Rio de Janeiro em inicio de 1973, (IX da Revolução). O clima estava tenso e abarcado por revoluções culturais. Grupos, ligados a músicas, pinturas e esculturas, lutavam em busca de um espaço. Um deles, oriundo do Woodstock Music Festival de 1969, no EUA, denominados “Explosivos”, tentava uma abertura, uma alternativa junto ao sol, o símbolo desse movimento. A temática seria representar a imagem e o pensamento, através de um abstracionismo diferente diante de um mundo corrompido pelo ódio e o medo. Era o nada em busca do tudo, a desordem como expressão do sentimento artístico. Casrio, o líder, adotava a antítese da não existência, a tese da contracultura. Proclamava a destruição do passado, que dizia ser o retrocesso, que impedia o avanço tecnológico. Para ele o tradicionalismo era um sentimento arcaico e o culto a coisas antigas, uma doença chamada “Nostalgia”. Alegavam que Monet, da mesma forma lutou e conseguiu vencer a aristocracia cultural de sua época e colocar sua escola no patamar que hoje a mesma se encontra. “CASRIO VIVE” esse era o lema. Nessa agitação, os Explosivos avançavam e na sua caminhada surgiam adesões de aproveitadores, pichadores e fanáticos. Muitas galerias foram depredadas e obras de arte e esculturas milenares destruídas, outras se viram na obrigação de expor a nova expressão artística e em festivais e locais públicos, eles estavam sempre presentes divulgando o abstracionismo incompreensível. Na politica era a luta dos contrários, a apologia a Marx. Na música voltava o dancehall da Jamaica e Rude Boys a dançarem e cantarem o “Ob-La-Di, Ob-La-Da”. Chega Raul Seixas, e a apologia a Bob Marley toma conta dos festivais. Metamorfoses ambulantes, sociedades alternativas, contracultura e sinais da cibercultura querendo também chegar: “O computador”. O Pop e a Belle Époque se confrontavam na nação Kingston. Nas letras e filosofia, Sartre e Marcuse transformam o pensamento existencial e Casrio em seu discurso dizia: “A própria pedra vive, sente-se a sua mudança da vida anterior, para aquela que virá habilidosamente escolhida. Amigos explosivos: As vinte graduações da luz na completa evolução e diante do próprio movimento dos átomos fez surgir nosso núcleo temático. Tudo é uma questão da eloquente vibração do sol, que lança sua imponente massa em direção ao céu, que se oferece como campo de batalha. Uma enxurrada de raios desabando das infinidades do espaço, penetra no vazio e encontra suas projeções e correm adentro, ao longo das estruturas, quebrando-se em ondas luminosas que se partem contra a pedra e com todos os polos do prisma, se acalmam e se harmonizam”. Finalmente! “Ambição e Crime”: Sequestro, roubo e morte e Sherlock Holmes chega para investigar o enredo de uma tragédia. Esse é o clima da Sala das Sete Chaves.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Pedro Fernandes Neto
- ASIN: B00WK7BUKU
- Editora: Livro Rápido
- Idioma: Português
- Tamanho: 1683 KB
- Nº de Páginas: 305
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro A Sala das Sete Chaves: O Antiquário, escrito por Pedro Fernandes Neto. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.