A REVOLUÇÃO DO COELHO: Como o Budismo mudou a minha Vida

“Um mestre precisa ser aquele que nos guia para dentro. Para que no encontro consigo próprio, possamos emergir com nossa plenitude e verdadeira força ao enxergarmos nossa alma.
Encontrar um bom mestre é ter uma bússola confiável. Se uma bússola leva-nos para longe do nosso coração, jamais encontraremos o caminho do propósito da própria vida. Embora cada um seja dis-tinto nesse aspecto, há histórias que trazem, na sua singularidade, uma universalidade que nos faz conectar com todas as essências.
Além da profissão de artista, de integrar a diversidade afetiva, e de ser um eterno buscador como Antonello Dose, compartilho da mesma filosofia e mestre, Daisaku Ikeda. Quando me encontrei com as letras que formam a estrada de Antonello, desdobraram-se em mim diversos níveis de identificação com minha própria estrada, e sim, com a de muitos que em algum momento decidiram pensar so-bre si mesmos, sobre a necessidade e a validade da existência nesse mundo.
Em meio ao caos de todas as madrugadas fomos, e ainda somos em certo termo, viajantes, em busca da estrada definitiva, aquela em que o sorriso que se faz abrir no rosto brote do coração. Enquanto testamos todas as estradas “pavimentamos nossa caminhada pi-sando sobre o barro misturado com o transpirar inesgotável de uma alma ávida por um algo que ainda não sabemos o quê, e que será imparável até descobrir esse sentido.
Cada vivência adiciona um novo pedaço de espelho em nosso caleidoscópio da vida, e vamo-nos encontrando e nos perdendo, vamos encontrando, e perdendo, caindo e se levantando, superando ou não, com momentos em que a angústia parece não ter fim, mas sempre seguindo à procura de luz.
Há momentos em que a vida parece não ter sentido, há outros em que, ao nos sentirmos prestes a perdê-la, não há mais sentido que se queira, mas apenas o desejo de querer viver. Lutar por quem ama-mos parece ter a mesma poderosa sensação, e é quando encerramos temporadas em nossas vidas que seguimos fazendo o amor brotar novamente, a partir do amor que se descobriu ter por si, sem jamais”