A Resistência da Matéria
Por JOSE HUMBERTO SILVA HENRIQUES Estamos num período de arrefecimento do processo criativo de um dos escritores mais prolíficos e denodados do planeta. Henriques estava habituado a escrever e publicar um volume bem maior de livros a cada ano. Agora, estamos diante do quarto volume apresentado nesse ano de 2021 e estamos já em meados dos tempos, em mês de julho. De qualquer maneira, estamos muito felizes por apresentar mais um livro de poesias do autor. A Resistência da Matéria é um livro maduro, muito denso e com uma correção poética deslumbrante, fatores que associados poderiam colocar o compêndio entre um dos mais imponentes que apareceram nas páginas da Literatura Contemporânea Universal nos derradeiros anos. Ao que parece – nota-se isso com facilidade, quem já conhece de antemão a produção do escritor saberia dizer isso sem receio de errar -, a chegada da maturidade e das conclusões de um mundo mais amplo acabaram por dar ao escritor essa liberdade e essa despreocupação com tudo o mais que possa ser travamento do processo criativo. Com isso, a Poesia flui com a leveza de um arroio pedregoso.
Ocorre que este A Resistência da Matéria desenvolve-se exatamente a partir da elaboração do poema perfeito, locupletado pela delicadeza inerente e que sempre foi a marca registrada de Henriques. Ao dizer sobre esta resistência, parece ele querer demonstrar desde o início do texto que esta tal matéria está se dissolvendo a cada dia mais – sendo matéria com peso, volume, velocidade e outros pormenores que competem à física simples – para dar lugar a um corpo ou uma sugestão muito mais leves e capazes de se ocupar de detalhes ínfimos, porém, muito mais adiantados em termos de evolução, fatores mais agregados à quântica do que simplesmente a um tête-à-tête com o simbolismo de tudo que possa ser tocado pela gravidade ou pela inércia. Portanto, estamos diante daqueles esboços anteriores que carregavam os livros de Henriques e eram carregados por eles. Apenas, a dizer a veracidade, nesse caso estamos muito mais aprofundados na densidade quase inexistente dessa matéria que ainda se ocupa em planejar outdoors e outros tipos elementares de visões que acabam por encher os olhos de um observador sensível. Esse contraponto é que acaba por determinar que a matéria ainda resiste, porquanto esteja fada a se exterminar de alguma maneira, propondo sempre mis transparência e luz.
Porém, a se pensar melhor, a tendência é que a matéria e sua resistência ocupem cada vez menos espaço dentro de um universo holístico. Parece ser assim que o autor trata e traça seus rumos dentro da ordem do pensamento que está sendo concebido e lançado ao mundo como representação da palavra. Sendo assim, o compêndio tem um supremo caráter futurista que acaba por transformar esse sistemático proceder de um amontado de fatores em mais uma realização estruturada no estudo e no planejamento de espírito desenvolvimentista que é deveras acerbo no caráter dessa Poesia ímpar. Henriques não está à parte dessas influências da física e do estudo de humanidades em sua obra. Tanto isso é verdade que não nega esses princípios em toda a sua obra, mesmo desse os tempos em que publicou seus romances de natureza introspectiva. Livros profundos, densos, elaborados na concentração máxima do estudo do Homem. Talvez, o mais introspectivo deles seja Wilhelm & Louis, conforme ele mesmo comenta ao deixar progredir esse tipo de argumentação acerca de todo o complexo literário que em dias hodiernos poderia deveras ser chamado de Complexo Henriquiano na Literatura Universal. Sendo assim, um dos autores mais fecundos de toda a escrita moderna está entre nós e continua a produzir com afinco, embora em ritmo bem menos acelerado do que acontecera nas décadas anteriores.
Ocorre que este A Resistência da Matéria desenvolve-se exatamente a partir da elaboração do poema perfeito, locupletado pela delicadeza inerente e que sempre foi a marca registrada de Henriques. Ao dizer sobre esta resistência, parece ele querer demonstrar desde o início do texto que esta tal matéria está se dissolvendo a cada dia mais – sendo matéria com peso, volume, velocidade e outros pormenores que competem à física simples – para dar lugar a um corpo ou uma sugestão muito mais leves e capazes de se ocupar de detalhes ínfimos, porém, muito mais adiantados em termos de evolução, fatores mais agregados à quântica do que simplesmente a um tête-à-tête com o simbolismo de tudo que possa ser tocado pela gravidade ou pela inércia. Portanto, estamos diante daqueles esboços anteriores que carregavam os livros de Henriques e eram carregados por eles. Apenas, a dizer a veracidade, nesse caso estamos muito mais aprofundados na densidade quase inexistente dessa matéria que ainda se ocupa em planejar outdoors e outros tipos elementares de visões que acabam por encher os olhos de um observador sensível. Esse contraponto é que acaba por determinar que a matéria ainda resiste, porquanto esteja fada a se exterminar de alguma maneira, propondo sempre mis transparência e luz.
Porém, a se pensar melhor, a tendência é que a matéria e sua resistência ocupem cada vez menos espaço dentro de um universo holístico. Parece ser assim que o autor trata e traça seus rumos dentro da ordem do pensamento que está sendo concebido e lançado ao mundo como representação da palavra. Sendo assim, o compêndio tem um supremo caráter futurista que acaba por transformar esse sistemático proceder de um amontado de fatores em mais uma realização estruturada no estudo e no planejamento de espírito desenvolvimentista que é deveras acerbo no caráter dessa Poesia ímpar. Henriques não está à parte dessas influências da física e do estudo de humanidades em sua obra. Tanto isso é verdade que não nega esses princípios em toda a sua obra, mesmo desse os tempos em que publicou seus romances de natureza introspectiva. Livros profundos, densos, elaborados na concentração máxima do estudo do Homem. Talvez, o mais introspectivo deles seja Wilhelm & Louis, conforme ele mesmo comenta ao deixar progredir esse tipo de argumentação acerca de todo o complexo literário que em dias hodiernos poderia deveras ser chamado de Complexo Henriquiano na Literatura Universal. Sendo assim, um dos autores mais fecundos de toda a escrita moderna está entre nós e continua a produzir com afinco, embora em ritmo bem menos acelerado do que acontecera nas décadas anteriores.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): JOSE HUMBERTO SILVA HENRIQUES
- ASIN: B0992W5DLM
- Idioma: Português
- Tamanho: 13146 KB
- Categoria: Literatura e Ficção
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro A Resistência da Matéria, escrito por JOSE HUMBERTO SILVA HENRIQUES. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.